16 de dezembro de 2025
CIDADES

Um terço dos ônibus flagrados após tentativa de golpe em Brasília saiu do interior de SP

Por Gabriel Campoy | São José
| Tempo de leitura: 4 min
Divulgação / PRF
Dois ônibus do Vale do Paraíba seguem apreendidos em Brasília após determinação do ministro Alexandre de Moraes

Um terço dos ônibus apreendidos após os atos de vandalismos ocorridos em Brasília no último domingo (8) é oriundo do interior de São Paulo, reduto do bolsonarismo.

Ao todo, 29 veículos estacionados na Granja do Torto – uma das residências oficiais da Presidência da República – vieram de municípios do interior paulista. Dois destes, do Vale do Paraíba, de Jacareí e Pindamonhangaba. Além desses, outros seis coletivos que saíram da cidade de São Paulo também foram apreendidos na capital federal. O número, no total, é de 87 ônibus, todos impedidos de sair do DF (Distrito Federal).

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A medida partiu do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio e apreensão dos veículos responsáveis por levar bolsonaristas a Brasília que, posteriormente, praticariam atos de terrorismo contra os prédios dos Três Poderes.

OVALE tentou contato com as três empresas. No caso da Rovans Transportes, quem atendeu foi o proprietário do CNPJ, Rogério Aparecido Lisboa, que afirmou “não ter permissão para falar com jornais” até um posicionamento da advogada.

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Mesmo assim, antes de desligar, reclamou de ter sua empresa associada aos atos terroristas ocorridos em Brasília, e de que teria ido à capital federal “apenas para trabalhar”. “Minha transportadora é minha sobrevivência, eu estava apenas trabalhando e estão me chamando de terrorista”, disse.

Na Transpasso Fretamento e Turismo, o telefonema foi atendido por um funcionário. Ele afirmou que Leandro Delpasso Vieira, responsável pela empresa de transportes, estaria em uma reunião no momento da ligação. Responsável pelo CNPJ da empresa, o empresário já foi candidato a vereador em Jacareí nas últimas eleições municipais, em 2020, com o nome de ‘Leandro da Transpasso’. OVALE também tentou entrar em contato com um perfil de Leandro em uma rede social, e aguarda retorno.

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Confira a lista com cada uma das empresas com ônibus apreendidos.