Ser mãe é padecer no paraíso. Essa frase é muito dita quando queremos resumir o que é ser mãe. E quando falamos na área profissional, as mães podem ir do inferno ao céu, em muito pouco espaço de tempo. Ser mãe no mundo corporativo é correr uma maratona com tornozeleiras de dez quilos abaixo das pernas.

É um processo que acontece por décadas, e que vem evoluído muito nas últimas três. Dos anos 1990 para cá muita coisa mudou, e esperemos que continue a mudar. No entanto, ainda nos dias de hoje, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE em 2022, apenas 37,4% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres no Brasil.

Se para as mulheres, de modo geral, a caminhada é mais difícil, para quem é mãe, essas dificuldades são multiplicadas. Há pouco tempo acompanhei uma empresa que estava realizando um treinamento com seus profissionais dos cargos de gestão. Lá pelas tantas, o instrutor perguntou: que estranho, não há nenhuma mulher entre os gestores da empresa? É cada vez mais raro, mas ainda acontece.

Hoje, as mulheres, mães e profissionais estão tomando conta em todos os níveis e setores das empresas. São lutadoras que, mesmo colocando seus filhos em primeiro lugar, estão se destacando em seus cargos e chegando a posições impensadas há tempos atrás.

O preconceito não é mais obstáculopara as mães no mercado de trabalho, pelo menos é o que eu quero crer. E é muito mais comum ver as mães presidentes e diretoras de grandes empresas. Tempos melhores se avizinham.

Ao mesmo tempo, só a mulher que é mãe e profissional sabe o que é dar conta dos afazeres com as crianças e ao mesmo tempo ser estrategista no trabalho. E além disso, ser mulher. Não é fácil.