Para Luis Carlos Affonso, da Embraer, os desafios da aviação nos próximos anos exigem um centro de pesquisa nos moldes do CPE.

“Precisamos trabalhar incessantemente para conquistar o direito de continuar existindo, ainda mais hoje, com o aparecimento de novas tecnologias. A aviação visa atingir a neutralidade das emissões em 2050. Em breve, aeronaves civis e militares voando com tripulações reduzidas. É preciso estar preparado para esse cenário, e é esse o modelo do CPE.”

ESTRUTURA

O novo centro de pesquisa terá 121 pessoas diretamente envolvidas, com a gestão compartilhada entre professores, pesquisadores e profissionais do ITA e da Embraer, além de professores da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e da Escola de Engenharia de São Carlos da USP (Universidade de São Paulo).

Unindo academia, indústria e governo, o CPE vai se envolver no desenvolvimento de pesquisa de alta qualidade, de nível internacional e na fronteira do conhecimento, para tornar a indústria brasileira mais competitiva.

Também se envolverá na formação de engenheiros com a motivação de engajar os alunos em estudos de alta qualidade.

“O CPE será dedicado a problemas complexos de engenharia, com financiamento de 5 a 10 anos, investimento compartilhado e múltiplas missões, incluindo a pesquisa e disseminação do conhecimento, educação e transferência tecnológica”, disse Domingos Rade, professor do ITA e diretor do CPE.

“Quando unimos a indústria, a academia e o governo, todos ganham. Imaginem os alunos do ITA convivendo com problemas reais? É o desenvolvimento no limite da tecnologia. Isso não tem preço e todos ganham, principalmente o povo paulista e o brasileiro”, disse o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan.