Estamos em tempos de eleições e não em tempos de guerra, precisamos manter a sanidade e a sobriedade diante deste momento tenso de polarização política da sociedade.

Respeitar as opiniões contrárias é fundamental. Repudiar as notícias falsas e saber se expressar de forma democrática é sinal de maturidade, lembre-se que relacionamentos devem prevalecer as eleições.

O papel da justiça precisa ser de conduzir o processo eleitoral com decência, e isso exige uma justiça imparcial. E em uma eleição tensa como essa, isso não é uma tarefa fácil.  Penso que o caminho que o STF e o TSE estão tomado para combater as Fakes News no Brasil é perigoso para liberdade e democracia em geral, porque a dose forte demais pode trazer efeitos colaterais danosos para a sociedade em geral. Leis e regras justas sim, censura nunca mais!

A Igreja de Cristo não se compromete com este ou aquele partido político, mas reconhece que a política é importante para definir a organização e os rumos da sociedade.

Fé e ação política não são excludentes, mas a Igreja de Cristo não pleiteia uma teocracia como forma de governo. Todavia, a Igreja precisa se manifestar quando a justiça, a paz, a ética, a vida humana e a criação divina estiverem ameaçadas. Da mesma forma, a Igreja motiva o exercício da cidadania e a ação política comprometida com valores cristãos e não deve tomar um partido, porque ela serve a todos.

“De fato, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (Hebreus 13.14). Enquanto vivemos no planeta Terra, peregrinamos. Nossa morada definitiva será o reino de Deus. Mas, enquanto aqui vivemos precisamos viver de forma justa e garantir que outras pessoas e as próximas gerações também possam fazer a sua peregrinação. Nestas eleições, ouça a voz de Cristo, que diz: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10) e vote com consciência, liberdade e democracia, respeitando o valor e o direito do seu próximo.