Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas ainda enfrentam forte impacto operacional após o vendaval histórico que atingiu a Grande São Paulo entre quarta (10) e a manhã desta quinta-feira (11). Ao todo, 344 voos foram cancelados no período, cem deles apenas nesta quinta.
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Em Congonhas, 31 chegadas e 15 partidas já estavam suspensas no início do dia. Em Guarulhos, pelo menos 39 chegadas e 15 partidas foram canceladas nesta manhã. As duas estruturas operam, mas ainda sob reflexos da ventania e da necessidade de ajustes na malha aérea.
Os terminais registram superlotação, longas filas nos balcões das companhias aéreas e passageiros dormindo nos saguões à espera de informações. Os atrasos também afetam aeroportos no Rio de Janeiro e em Brasília, que recebem voos reprogramados.
A ventania, considerada inédita por meteorologistas por não ter sido acompanhada de chuva, deixou rastro de destruição. Na quarta, Congonhas registrou rajadas de até 96,3 km/h. A Grande São Paulo amanheceu nesta quinta com mais de 1,5 milhão de imóveis sem luz, dezenas de árvores caídas e parques fechados. Semáforos apagados contribuíram para o trânsito de mais de 200 km de lentidão.
Os cancelamentos continuam atingindo passageiros em diferentes rotas. Em Congonhas, os dois dias somam 227 voos suspensos. Em Guarulhos, 117 partidas e chegadas foram canceladas desde quarta, embora a concessionária afirme que a operação está estabilizada. Passageiros relatam sucessivas remarcações sem previsão de embarque.
A falta de energia também afeta o abastecimento de água em bairros da região metropolitana. Parques municipais permanecem fechados e a reabertura será avaliada caso a caso ao longo do dia.
*Com informações do G1