O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), arquivou na última sexta-feira (18) um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentado por parlamentares do PSOL. A decisão, embora técnica em sua justificativa, jogou luz sobre o atual cenário político da Casa: a ampla blindagem do governo Tarcísio no Legislativo e o isolamento da oposição à esquerda.
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O pedido, assinado por cinco deputados do PSOL — Carlos Giannazi, Guilherme Cortez, Ediane Maria, Mônica Seixas e Paula Nunes —, acusava o governador de crime de responsabilidade por manifestações públicas de apoio a Donald Trump e por suposta tentativa de interceder junto ao STF para facilitar uma eventual saída do ex-presidente Jair Bolsonaro rumo aos Estados Unidos.
Na avaliação de André do Prado, os fatos relatados não configuram ilegalidade. Ele destacou que o apoio de Tarcísio a Trump se deu antes do anúncio da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, e que não há provas de interferência direta no Judiciário. O presidente da Alesp também lembrou que crimes de responsabilidade devem estar previstos expressamente na legislação, o que, segundo ele, não é o caso.
*Com informações da Veja