O Brasil subiu da 89ª para a 84ª colocação no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme relatório divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com base em dados de 2023. A pontuação nacional subiu de 0,760 para 0,786, mantendo o país na categoria de desenvolvimento humano "alto" (entre 0,700 e 0,799).
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O avanço brasileiro foi impulsionado, sobretudo, pela alta da renda nacional bruta per capita e pela recuperação nos índices de saúde, com aumento da expectativa de vida após os impactos da pandemia. Em contrapartida, o desempenho na educação continua sem avanços significativos: o tempo médio de escolaridade continua abaixo da média dos países com IDH semelhante, fator que limita o progresso geral.
Mesmo com a melhora, o Brasil ainda está distante das nações no topo da lista, como Islândia (1º, com 0,972), Noruega (2º, com 0,970) e Suíça (3º, também com 0,970). A média global de IDH é de 0,739, valor que o Brasil supera, mas a distância para os países mais desenvolvidos segue considerável.
Na América Latina e Caribe, o Brasil ocupa uma posição intermediária. Fica atrás de países como Chile (IDH 0,855), Argentina (0,849) e Uruguai (0,809), mas apresenta desempenho superior ao de nações como Paraguai (0,728), Bolívia (0,693) e Venezuela (0,691).
Apesar do progresso nacional, o relatório chama atenção para as grandes desigualdades regionais no Brasil. O IDH varia significativamente entre os municípios, refletindo disparidades no acesso à saúde, educação e renda dentro do próprio território.
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