14 de dezembro de 2025
POLÍCIA

Imagens de câmera e áudio são elementos chave em investigação de caso Ana Lívia

Por Thais Perez | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Arquivo Pessoal
Menina foi morta com tiro na nuca

Duas informações podem se tornar elemento chave para a investigação do caso Ana Lívia, crime que chocou a cidade de Taubaté e o país, em que a menina de 13 anos foi morta com um tiro pela amiga, de 12 anos. O caso aconteceu no dia 27 de setembro, na casa de “Lili”, como sua mãe, Jéssica Higino, a chamava carinhosamente. A colega teria pegado a arma de um tio para atirar contra Ana Lívia porque estava com ciúmes da amizade dela com outra menina.

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No dia do crime, a menina de 12 anos mandou uma mensagem em áudio, por volta das 12h30, dizendo estar preocupada com Ana Lívia, porque ela não havia respondido seu contato. O áudio foi enviado a mãe de outra colega das duas meninas, que iria buscar a acusada e Lívia para ir à escola naquele dia, onde Ana morava com sua mãe, no bairro Jardim Paulista. Horas depois, o corpo da menina de 13 anos foi encontrado na casa e a menina confessou o crime.

Pela manhã, Ana Lívia havia ligado para a sua mãe, Jéssica Higino, perguntando se a colega poderia ir para sua casa para que as duas pudessem ir para a escola juntas. A mãe permitiu e depois de algumas horas, quando chegou em casa, encontrou Ana Lívia sem vida, com um tiro na nuca.

A mensagem enviada para a mãe da colega das meninas, a acusada disse haver voltado para a sua casa para buscar um tênis e que havia tentado avisar Ana Lívia que não iria mais para sua casa. “A menina disse que estava preocupada por não ter conseguido avisar Ana Lívia”, disse Coutinho, em entrevista a OVALE.

Contudo, uma gravação de uma câmera de segurança da rua do ocorrido mostra a menina de 12 anos andando em direção à casa de Ana Lívia. Após o assassinato, a acusada foi procurada na escola. Na presença de sua irmã mais velha, ela confessou ter matado Ana Lívia com um tiro. “O que nos surpreende é a frieza com que ela cometeu o fato. Ela foi para a escola depois do ocorrido, tentou criar um álibi e disse que estava preocupada com a amiga”, ressalta o advogado da família.

A Polícia Civil está investigando o caso, que se encontra em segredo de Justiça.

CASO.


O caso aconteceu no bairro Jardim Paulista. A menina de 12 anos confessou para a polícia que atirou contra a nuca de Ana Lívia antes de ir para escola -- ela disse que a arma, uma pistola calibre 380, pertencia a um tio, agente de segurança pública.

No dia do crime, Lívia ligou para avisar à mãe que sua amiga iria mais cedo para sua casa. Esse procedimento era rotineiro, já que Lili, a menina de 12 anos e outra amiga iam juntas para a escola de carona com a mãe dessa colega de escola.

Algumas horas depois, a mãe que levaria as garotas à escola ligou para Jéssica, avisando que Lívia não havia aparecido e que a menina de 12 anos, que matou Ana Lívia, havia mandado uma mensagem dizendo que havia voltado para casa para buscar um tênis. Jéssica voltou para casa por volta das 13h. Lá encontrou a filha no quarto, deitada de bruços, em cima de uma mesa de cabeceira. “Ela recebeu um tiro na nuca e caiu em cima do móvel”, explica a mãe.

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A menina que fez o disparo foi à escola normalmente depois do crime e foi apreendida horas depois, quando confessou o caso e foi levada à Fundação Casa de São José dos Campos. De acordo com a mãe da vítima, Lili e a atiradora eram amigas e haviam tido uma discussão por ciúmes de outra colega. A atiradora teria dito que a filha de Jéssica teria “roubado” sua amiga.