'SEM PLANEJAMENTO'

Resgate de brasileira é suspenso de novo hoje; veja o que se sabe

Por | da Redação
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Reprodução/@resgatejulianamarins/Instagram
A família, que acompanha a situação do Brasil, denuncia falhas graves na condução do resgate.
A família, que acompanha a situação do Brasil, denuncia falhas graves na condução do resgate.

As buscas por Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu numa trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foram suspensas mais uma vez devido ao mau tempo. A jovem, que fazia mochilão pela Ásia, está desaparecida desde sábado (21), após escorregar e despencar cerca de 300 metros de um desfiladeiro. A família, que acompanha a situação do Brasil, denuncia falhas graves na condução do resgate.

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Segundo parentes, os socorristas estavam a cerca de 350 metros da posição estimada da jovem quando a operação foi interrompida por ventos fortes e neblina. “Avançaram apenas 250 metros em um dia inteiro. É mais uma noite que ela vai passar sozinha, sem comida, sem água, sem agasalho”, reclamou a irmã, Mariana Marins, em publicações feitas na página criada para divulgar atualizações sobre o caso.

Apesar da interrupção, há esperança. Segundo a página oficial de resgate a Juliana nas redes sociais, dois alpinistas experientes da região estão a caminho do local onde ela caiu. “Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, diz a publicação.

Críticas também foram direcionadas às autoridades locais. A família afirma que o parque onde aconteceu o acidente continua funcionando normalmente para turistas, enquanto a operação de resgate avança lentamente, sem estrutura adequada e sob má coordenação. “Sabiam dos riscos climáticos e não se planejaram. É negligência.”

As informações oficiais até o momento foram alvo de contestação. Autoridades indonésias e até a Embaixada do Brasil em Jacarta divulgaram, no domingo (22), que Juliana teria recebido suprimentos no local onde está. No entanto, a irmã nega: “Não chegaram até ela. A história de entrega de comida e água é falsa. Vídeos do suposto resgate também foram forjados.”

O acidente aconteceu quando Juliana seguia em trilha com grupo de turistas e guia local. De acordo com a família, ela se sentiu cansada e ficou para trás. O guia teria seguido sozinho para alcançar o cume da montanha, deixando Juliana sozinha. Ela foi vista pela última vez em imagens captadas por drone, feitas por outros turistas horas após a queda.

Natural de Niterói (RJ), Juliana é publicitária formada pela UFRJ e também atua como dançarina de pole dance. Ela iniciou sua viagem pela Ásia em fevereiro e já havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

*Com informações do G1

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