QUINTA PRORROGAÇÃO

Linha Verde: atraso em projeto da 2ª fase chegará a um ano e meio

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Adenir Britto/PMSJC
Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022
Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022

A elaboração do projeto executivo da segunda fase da Linha Verde, em São José dos Campos, vai atrasar mais cinco meses.

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Firmado em maio de 2023 pela Prefeitura com o consórcio formado pelas empresas ABS e Multiplano, o contrato previa que o projeto ficaria pronto até o início de dezembro do ano passado. Após cinco prorrogações, o novo prazo passou a ser 31 de maio de 2025 - quando o atraso chegará a 18 meses.

Em novembro de 2023, na primeira prorrogação, o contrato já havia ficado 9,6% mais caro, passando de R$ 2,138 milhões para R$ 2,346 milhões. Agora, o valor está em R$ 2,425 milhões.

Questionada sobre o novo atraso, a Prefeitura afirmou que "o aditivo foi necessário para realizar adequações significativas no trecho entre a via Cambuí e a Avenida Tancredo Neves". "Esse trecho teve interferências, com o projeto da CCR RioSP e a área da CTEEP [Companhia de Transmissão de Energia Elétrica], portanto, foi necessário remanejar o projeto para reduzir o custo de implantação e alteração de traçado, atendendo aos critérios e normas estabelecidos".

Anteriormente, sobre o aumento no custo da elaboração do projeto, a Prefeitura havia afirmado que o contrato havia sido "aditado por conta de complementos do levantamento topográfico para o projeto executivo da obra e por conta das tratativas na compatibilização de projetos com a concessionária CCR RioSP no alargamento da Rodovia Presidente Dutra".

Segunda fase.

Após a conclusão do projeto executivo, será aberta uma segunda licitação, dessa vez para contratar a empresa que ficará responsável pela obra, cuja execução deve demorar mais 18 meses. Segundo anúncio feito em abril de 2023 pelo governo Anderson Farias (PSD), a segunda fase da Linha Verde tem um custo estimado de R$ 350 milhões, sendo R$ 150 milhões do governo estadual e R$ 200 milhões da Prefeitura.

Essa segunda fase da Linha Verde consiste no Anel Viário Leste, que vai ligar a região central ao Parque Tecnológico, com 12,7 quilômetros de extensão, sendo sete deles em área da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) - o trajeto vai sair da Rodoviária Nova e passará por corredores como a Via Cambuí e as avenidas Tancredo Neves e Benedito Friggi.

Ao contrário da primeira fase da Linha Verde, em que foram construídas vias exclusivas para os VLPs (Veículos Leves sobre Pneus), nessa segunda fase os novos trechos poderão ser utilizados por todos os veículos, inclusive os particulares. A ideia da nova via é permitir a interligação de toda a cidade sem a necessidade de uso da Dutra.

Primeira fase.

Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022, com as duas últimas estações de embarque e desembarque.

O traçado de 17 quilômetros liga o Campo dos Alemães ao Terminal Intermunicipal e ao Centro. A obra da primeira fase, que custaria inicialmente R$ 55,832 milhões, ficou em R$ 77,83 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões foram aportados pelo governo estadual e o restante pelo município.

Somados todos os contratos, o custo da primeira fase da Linha Verde foi de R$ 193 milhões. O cálculo inclui R$ 60,9 milhões com desapropriações, R$ 39 milhões para a compra de 12 VLPs e equipamentos de recarga das baterias, R$ 5,459 milhões pela supervisão da obra, R$ 7,8 milhões pelas estações e R$ 2 milhões para a rede semafórica inteligente nos cruzamentos com as vias.

Comentários

1 Comentários

  • Jeferson 17 horas atrás
    R$150 milhões de recurso estadual para a Linha Verde em São José. Porém, esse é o mesmo governo estadual que diz não ter dinheiro para construir um AME em Jacareí, mesmo com a unidade de São José não conseguindo dar mais conta nem da própria demanda de SJC, sem contar Jacareí, Caçapava, etc. Mobilidade é importante, mas saúde vem primeiro. Questão de prioridades.