Conhecidos por sua ostentação nas redes sociais, influenciadores digitais de São José dos Campos estão na mira das autoridades. Pelo menos três nomes ligados à cidade foram investigados nos últimos meses, envolvidos em suspeitas que vão desde a divulgação de jogos ilegais até lavagem de dinheiro. De celebridades virtuais, eles passaram a figurar em histórias policiais.
Operação Latus Actio II: MC Paiva sob investigação
Nesta quinta-feira (12), o cantor MC Paiva, conhecido no cenário musical e digital, foi alvo da Operação Latus Actio II, conduzida pela Polícia Federal em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo. O artista é suspeito de pagar propina para evitar investigações sobre a divulgação de rifas ilegais na internet.
Os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão em cidades como São José dos Campos, Mogi das Cruzes, São Paulo, Mauá e São Caetano do Sul. Um imóvel vinculado ao cantor, no bairro Parque Residencial União, foi alvo de buscas. Apesar da operação, MC Paiva não foi preso.
Operação Garras Virtuais: Carol Souza e os bens de luxo
No dia 6 de dezembro, outra influenciadora de São José dos Campos, Carol Souza, com 170 mil seguidores no Instagram, foi investigada pela Polícia Civil de Goiás na Operação Garras Virtuais. A ação cumpriu mandados contra três mulheres, duas no estado de Goiás e uma em São José.
A polícia apreendeu na casa da influenciadora, localizada em um condomínio de alto padrão no Urbanova, objetos de luxo e uma caminhonete avaliada em R$ 300 mil. Carol é investigada por crimes como estelionato, exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro e fraude em programas sociais. Segundo as investigações, ela teria se mudado do estado de Goiás para o Vale do Paraíba antes de se tornar alvo da operação.
Operação Ludus: Larissa Rozendo e a vida de ostentação
Já em junho, a influenciadora Larissa Rozendo, com cerca de 300 mil seguidores, foi investigada pela Polícia Civil de São Paulo durante a Operação Ludus, realizada no condomínio Mônaco, no Urbanova. A ação teve como objetivo combater crimes contra a economia popular, o consumidor e a exploração de jogos de azar.
Larissa, conhecida por exibir carros de luxo, motos aquáticas e bens valiosos, residia em uma casa avaliada em R$ 2 milhões. A Justiça emitiu um mandado de busca e apreensão contra ela, destacando que sua vida de luxo era incompatível com sua realidade financeira.