A mistura de drogas e álcool e a “falta de buscar a Deus” foram os ingredientes que culminaram no assassinato da operadora de telemarketing Lucilene Cícera dos Passos Silva, 38 anos. A opinião é de uma tia da vítima.
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Lucilene foi morta pelo próprio marido em São José dos Campos, na noite da última sexta-feira (6). O chef de cozinha Fábio José da Silva, 43 anos, confessou o crime e foi preso na noite do domingo (8).
“Ele estava sob efeito de drogas e estava virado, mas também acho que é muita falta de Deus na vida dele. Uma pessoa viver bem e assassinar ela desse jeito é coisa do mal. Ele estava possuído e com efeito de muita droga e bebida”, disse a tia de Lucilene.
Violência.
A operadora foi morta com diversas facadas e Fábio fugiu após o crime. Ele se apresentou para a Polícia Civil no sábado (7), em Pindamonhangaba, e foi ouvido e liberado, por não estar mais em situação de flagrante. Contudo, ele foi preso no domingo após uma ordem judicial.
Em depoimento, Fábio afirmou que, alterado pelo uso de cocaína, esfaqueou a esposa e a matou.
De acordo com o boletim de ocorrência, Fábio contou que teria se desentendido com a esposa e, devido à alteração, por ter usado substância entorpecente (cocaína), “perdeu o controle e esfaqueou a vítima, aproximadamente 3 vezes, na região do abdômen. Depois, avisou a vizinha que havia matado a esposa e se evadiu do local com seu veículo", diz trecho do documento.
Assim segundo a polícia, Fábio tinha pretensão de fugir para o estado de Pernambuco, no Nordeste, mas que quando passava por Pindamonhangaba o combustível do carro acabou e ele resolveu se entregar para a polícia.
Relacionamento normal.
Segundo a tia, Fábio e Lucilene eram casados e tinham um bom relacionamento, com dois filhos. “Ele não era violento, pelo contrário. Eles eram um casal que se dava muito bem. Não tinha histórico de briga violenta e agressão, só os desentendimentos normais de um casal”, afirmou a tia.
Ela explicou que a sobrinha trabalhava de operadora de telemarketing em casa e o marido era chef de cozinha de uma empresa que presta serviço para a Embraer.
“A família ficou muito indignada por ele ter cometido esse assassinato. Quando a gente ficou sabendo que ele foi preso em Pinda, prestou depoimento e saiu pela porta da frente, a gente ficou ainda mais revoltado, achando que não tem justiça em nosso país”, disse a tia.
Justiça.
Segundo ela, a família ficou sabendo da prisão de Fábio por volta de meia-noite do domingo. “Ficamos sabendo que ele foi preso e isso acalmou mais o coração da gente, que estava partido, acabado com a indignidade e a violência tão grande que ele fez com a minha sobrinha”.
A tia admitiu que a prisão de Fábio não vai “trazer Lucilene de volta”, mas ao menos a justiça será feita.
“Ele ser preso não vai trazê-la de volta e essa dor não vai passar, mas vai amenizar um pouco. Que a justiça seja feita e que ele fique na cadeia por muito tempo. Não sei o que aconteceu com ele e nem quero mais vê-lo na vida. Quero ficar em paz.”