O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que levará ao gabinete uma proposta de cessar-fogo com o Hezbollah, com votação prevista para esta terça-feira (26).
Leia também: Com mira no Hezbollah, Israel invade base da ONU no Líbano
Segundo a rede CBS News, o acordo, mediado pelos Estados Unidos, prevê uma trégua imediata e a retirada gradual das forças israelenses do sul do Líbano em até 60 dias, permitindo a mobilização do exército libanês para assegurar a região.
A guerra, iniciada em outubro de 2023 após ataques do Hezbollah em apoio ao Hamas, já causou cerca de 3.800 mortes no Líbano e mais de 16.000 feridos, além de deslocar 1,2 milhão de pessoas no país e 60 mil no norte de Israel.
O presidente Joe Biden deve anunciar oficialmente o papel dos EUA no acordo, que envolve a participação de forças libanesas e de paz da ONU para monitorar o cumprimento dos termos. A França também colaborará na implementação. Enquanto isso, ataques entre Israel e Hezbollah continuam intensos na fronteira norte israelense.
Ainda segundo a CBS, o Hezbollah deverá recuar suas tropas e armamentos pesados para 32 km ao norte da fronteira israelense, enquanto uma comissão internacional acompanhará a desmilitarização da área. O acordo foi recebido com otimismo cauteloso, mas especialistas alertam que sua eficácia dependerá de sua implementação.
Ainda não houve progresso em negociações para uma trégua com o Hamas em Gaza, mas autoridades acreditam que a estabilização do Líbano pode influenciar a resolução do conflito na região.