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Cachorro e gato podem dormir na cama?


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Médica britânica alerta que o ideal é que o animal não durma no mesmo local que o tutor, porque pode trazer problemas, como alergias e doença intestinal
Médica britânica alerta que o ideal é que o animal não durma no mesmo local que o tutor, porque pode trazer problemas, como alergias e doença intestinal

Se você costuma deixar seu cachorro ou seu gato ficar na sua cama, é melhor repensar esse hábito. O alerta é da médica britânica Deborah Lee, da Farmácia On-line Dr. Fox. A presença dos bichos de estimação no local de dormir, segundo a especialista, pode causar problemas para a saúde, como alergias e doença intestinal. Também é preciso ter cuidado para que o animal não tenha acesso em seu quarto a remédios para humanos e até plantas tóxicas e comidas (leia mais nesta página).

Lee argumenta que os pelos flutuantes deixados pelo cão na cama podem desencadear alergias em humanos, e as caspas do animal, que são minúsculos flocos de pele, podem interferir na respiração se forem inaladas e são uma causa comum de alergia, podendo provocar rinite alérgica, dermatite, urticária e sintomas de asma, como tosse, chiado, sensação de aperto no peito e falta de ar.

"Quando você inala as partículas de caspa de animais, as células imunológicas do seu corpo reconhecem o antígeno do cão ou gato como uma substância estranha, que representa uma ameaça à sua saúde. Como resultado, uma reação inflamatória é iniciada e um anticorpo chamado Ig E é liberado. Células chamadas mastócitos liberam histamina, que causa contração do músculo liso, fazendo com que as vias aéreas se contraiam, o que significa que você não consegue colocar tanto ar nos pulmões. A histamina também causa um aumento nas secreções brônquicas e inchaço", explica a médica.

Pulgas

Outro problema de deixar os animais na cama são as pulgas, que podem ficar no lençol e passar para os humanos.

Além disso, pesquisas descobriram que 86% dos cães e 32% dos gatos são portadores de Enterobacteriaceae, que conta com salmonela, E. coli e shigella, que podem causar gastroenterite em pessoas.

Qualidade e segurança hospitalar

Outra medida importante é contar com atendimento qualificado e especializado para o animal de estimação. Buscar referências sobre profissionais de saúde e estabelecimentos veterinários próximos para casos de emergência garantem maior segurança para o pet e o tutor.

Para quem tem gatos, as melhores opções são clínicas e hospitais com consultórios e internações específicas para felinos. Já os pets não convencionais devem ser atendidos por médicos-veterinários especializados.

"Clínicas e hospitais veterinários também devem primar pela qualidade e segurança assistencial. Por isso, recentemente também firmamos uma parceria com a Acredita Pet, uma consultoria especializada em treinamentos e implantação de acreditação veterinária. Desta forma, os membros da nossa comunidade podem contar com benefícios para investir ainda mais em qualidade, afinal, tutores também buscam segurança no momento de tratar seus pets", comenta o médico-veterinário e consultor da VetFamily no Brasil, Justiniano Proença Filho.

A acreditação é um processo rigoroso que envolve avaliação imparcial, orientação de técnicos especialistas e implementação de processos e protocolos com padrões reconhecidos internacionalmente. "Ao escolher um serviço veterinário acreditado, os tutores têm a garantia de que a clínica ou hospital está em conformidade com as melhores práticas assistenciais", esclarece a enfermeira especialista em gestão de serviços de saúde e sócia-proprietária da Acredita Pet, Andrea Quaglio.

Plantas, alimentos e produtos tóxicos

Chocolates, uvas, uvas-passas, sal, temperos em geral e alimentos gordurosos prejudicam a saúde ou colocam a vida do animal em risco, conforme a quantidade ingerida. Para maior segurança, não se deve oferecer nenhum alimento diferente do indicado pelo médico-veterinário e, preferencialmente, não permitir o acesso dos animais à cozinha ou durante o momento das refeições.

Produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos também devem ser mantidos em locais seguros e os animais devem ser afastados durante o uso de produtos químicos. Algumas substâncias podem ser fatais ou extremamente prejudiciais se ingeridas, inaladas ou se houver exposição cutânea.

É essencial também conhecer quais plantas são potencialmente tóxicas para os animais, não apenas para planejar o paisagismo do jardim de casa, mas também para evitar riscos com presentes ou durante os passeios em parques, bares e outras residências.

Espada-de-são-jorge, comigo-ninguém-pode, mamonas, sagu-de-jardim, lírios, azaleias, filodendros, hera inglesa, ciclames e samambaias são algumas plantas que oferecem perigo, além de fertilizantes e pesticidas utilizados para a manutenção dos jardins.

Cuidado também com pequenos objetos, tomadas, fios e aquecedores. Um fio danificado ou a ponta de um carregador de celular ainda ligado à tomada podem parecer brinquedos aos olhos do pet, mas podem causar um choque elétrico.

Pequenas tampas, brinquedos inadequados ao porte do pet, meias, elásticos e prendedores de cabelo podem ser ingeridos e aquecedores ou ferros elétricos podem provocar queimaduras.

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