EM JUNDIAÍ

Gripe é quase tão mortal quanto covid-19 neste ano

Por Redação |
| Tempo de leitura: 3 min
Marcelo Leal / Unsplash
Assim como os óbitos, as internações por gripe também aumentaram em Jundiaí neste ano, no comparativo com 2023
Assim como os óbitos, as internações por gripe também aumentaram em Jundiaí neste ano, no comparativo com 2023

Jundiaí teve neste ano, até o momento, 18 óbitos por causa da covid-19. Já a Influenza, conhecida como gripe, foi causa da morte de 13 pessoas na cidade neste ano. O número é consideravelmente maior que o do ano passado, quando foram registrados três óbitos pela doença entre janeiro e agosto. Além disso, foram 126 internações por gripe neste ano em Jundiaí, ante a 17 no mesmo período do ano passado. O número, informado pela Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), diz respeito aos tipos de Influenza em circulação, englobando a Influenza A sazonal, a H1N1 e a variante tipo B.

O crescimento no número de casos, nesta época do ano, é esperado, considerando que o vírus fica mais ativo durante o outono e o inverno. Em 2024, porém, a elevação no número de casos também é reflexo das quedas bruscas de temperatura; do aumento da circulação de vírus respiratório no país, o que levou a antecipação da campanha contra Influenza, que tradicionalmente ocorria em abril, para o dia 25 de março; e da baixa cobertura vacinal.

O vírus ganha espaço

Em Jundiaí, conforme o último balanço da Vigilância Epidemiológica, 104.201 pessoas receberam a vacina contra a gripe. Desses, 40.210 pessoas possuem mais de 60 anos (equivalendo a 49,90% das 80.581 pessoas estimadas nesta faixa etária); 12.050 crianças de 6 meses a menores de 6 anos (46,77% dos 25.762 estimados); 663 gestantes (16,23% das 4.085); e 50 puérperas (7,45% das 672). Ou seja, nem metade do público-alvo recebeu o imunizante.

A vacina contra Influenza é atualizada anualmente para a dose ser efetiva na proteção contra as cepas dos principais vírus que circulam no país. É fundamental que as pessoas que fazem parte do grupo prioritário, em especial os idosos, as gestantes, as puérperas e as crianças de seis meses a menores de seis anos, recebam a dose para prevenir complicações, internações e mortes.

Cabe lembrar que o imunizante pode ser aplicado junto a qualquer vacina do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e também com o reforço contra a covid-19. No município, as doses serão disponibilizadas até o término do estoque. A aplicação, durante a semana, ocorre nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Clínicas da Família, no horário de atendimento das salas de vacina.

Saber se é grave

Por conta da similaridade de sintomas com outras doenças, como o resfriado, muitas pessoas acabam não tratando a gripe da maneira adequada. Acerca da principal diferença, a Influenza tem sintomas mais intensos, enquanto o resfriado comum, causado por outros vírus, tem quadro mais leve. Além disso, as pessoas mais vulneráveis, como os idosos, as crianças, as gestantes e as puérperas, estão mais propensas a evoluir para um quadro grave que requeira internação, podendo também evoluir para óbito.

Um estudo divulgado neste ano, feito pela Sanofi em parceria com a ALS Perception, mostra que 68% dos brasileiros têm pouco ou nenhum conhecimento do risco da gripe, como do vírus agravar doenças preexistentes, tal qual problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2, especialmente em idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde, os idosos representaram 65,6% dos óbitos por influenza no ano passado e 54,9% das hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

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