AGOSTO LILÁS

Empresa promove conversa sobre combate à violência contra mulher

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Ilustrativa/Reprodução
A roda de conversa é para o “Agosto Lilás: Combate à Violência contra a Mulher”
A roda de conversa é para o “Agosto Lilás: Combate à Violência contra a Mulher”

Nesta segunda-feira (26), às 15h, será realizada a Roda de Conversa “Agosto Lilás: Combate à Violência contra a Mulher”, aberta a todas as pessoas que trabalham na Paschoalotto Serviços Financeiros S/A. O evento, que será online, através da plataforma Teams, debaterá o tema e fortalecerá o combate à violência de gênero e contará com a participação de convidadas externas, incluindo advogadas da OAB de Bauru e uma psicóloga da DDM (Delegacia da Mulher de Botucatu, que trarão suas experiências e conhecimentos para enriquecer a discussão.

Durante o mês de agosto, também haverá a disseminação de informações sobre o assunto para todas as pessoas através de mídias sociais, informativos e plataformas internas da empresa, e, no mês de setembro, ainda serão realizadas ações em todas as unidades da Paschoalotto em parceria com entidades como o Centro de Referência da Mulher (CRM) da cidade de Marília e o projeto OAB Por Elas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“É muito importante que todos conheçam a importância de preservar a integridade das mulheres, fazendo com que elas sejam respeitadas dentro e fora de casa. Por isso, estamos sempre fazendo campanhas com foco nesse tema. Em meados de novembro, também vamos realizar o Programa ‘Homens em Ação: Uma mudança positiva’ para conscientização no combate à violência de gênero. E a ideia é no próximo ano ampliar ainda mais essa rede de informação e apoio”, destaca Rosana Camargo, gerente de responsabilidade social da companhia.

Com esses investimentos, espera-se que mais mulheres se sintam encorajadas a falar sobre suas experiências e a buscar a ajuda necessária, contribuindo para a redução dos índices de violência e para a construção de uma sociedade mais justa e segura para todos.

A expectativa é que, com a continuidade e ampliação desses programas, as empresas desempenhem um papel ainda mais decisivo na luta contra a violência de gênero, garantindo que cada colaboradora tenha acesso a um ambiente onde se sinta segura, apoiada e empoderada para tomar as melhores decisões para a sua vida.

A violência contra a mulher tem atingido níveis alarmantes no Brasil, com um aumento significativo nos últimos anos. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revelam um cenário preocupante em relação à violência contra a mulher no estado de São Paulo. De acordo com o levantamento, foram registrados 61.991 casos de violência doméstica contra a mulher em 2023, o que corresponde a uma taxa de 269,4 casos para cada 100 mil mulheres no estado.

Além da violência doméstica, São Paulo também se destacou negativamente com 3.227 ocorrências de estupro e estupro de vulnerável, posicionando-o como um dos estados com as maiores taxas de violência sexual no Brasil. Outro dado preocupante é a alta letalidade, com 447 homicídios femininos e 221 feminicídios registrados em 2023, resultando em uma taxa de 1,9 por 100 mil mulheres. Essa realidade preocupante exige uma resposta eficaz e imediata.

Diante desse cenário, um número crescente de empresas está investindo fortemente em programas de conscientização e empoderamento feminino. O objetivo é criar ambientes seguros e acolhedores, onde as mulheres possam se sentir confortáveis para relatar agressões ou identificar sinais de violência em suas próprias vidas. Essas iniciativas visam não apenas educar sobre os diversos tipos de violência de gênero, mas também capacitar as mulheres a reconhecerem essas situações e a buscarem ajuda. As empresas estão cada vez mais conscientes de seu papel na construção de espaços de trabalho que não toleram qualquer forma de abuso e que apoiam as vítimas em todos os aspectos possíveis.

A criação desses ambientes seguros é crucial, especialmente em um contexto onde o número de mulheres que sofrem violência doméstica continua a crescer. Ao oferecer treinamento, suporte psicológico, apoio psicossocial às mulheres vítimas de violência, e canais confidenciais de denúncia, as empresas não só protegem suas colaboradoras, mas também promovem uma cultura de zero tolerância à violência. Esses esforços ajudam a empoderar as mulheres, fornecendo-lhes as ferramentas necessárias para enfrentar situações de violência tanto no ambiente corporativo quanto em suas casas.

Paschoalotto Serviços Financeiros S/A tem seu quadro formado por 69% de mulheres, reconhece a gravidade do problema e se dedica a combater a violência contra a mulher através de vários programas, informa a assessoria de imprensa. Um deles é o “Empodere-se”, dirigido a mulheres cis e trans, que se consolidou como sucesso dentro da empresa, tendo impactado positivamente 623 mulheres no ano passado.

Rosana Camargo explica que o programa, que abrange todas as unidades da Paschoalotto em Agudos, Bauru, Marília e Ribeirão Preto, oferece atividades e informações para fortalecer e empoderar as mulheres, além de apoio psicossocial às mulheres vítima de violência. “Realizamos ações de conscientização e apoio às mulheres vítimas de violência, como palestras, rodas de conversa, atendimento individual e encaminhamentos para a OAB, que oferece atendimento jurídico de forma gratuita para mulheres vítimas de violência doméstica”, afirma Rosana.

Segundo ela, o programa “Empodere-se” busca fortalecer a sororidade entre as mulheres, criando um espaço seguro para que elas compartilhem suas experiências, aprendam sobre seus direitos e se apoiem mutuamente no enfrentamento da violência. “A ideia é transformar o debate sobre a violência contra a mulher em uma questão de união e apoio, onde mulheres que não sofreram violência se fortalecem para ajudar outras que passaram por essa experiência, e mulheres que foram vítimas se sentem acolhidas e seguras para contar suas histórias”, destaca.

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