TUMULTO

Garota morre com tiro em festa de peão; delegado é suspeito

Por Simone Machado | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Katrina Bormio Silva Martins tinha 16 anos
Katrina Bormio Silva Martins tinha 16 anos

A estudante Katrina Bormio Silva Martins, 16, morreu após ser atingida por um tiro durante um tumulto na saída de um rodeio em Promissão, no interior de São Paulo, na madrugada de domingo (4).

O suspeito de ser o autor do disparo que matou a adolescente é o delegado Vinícius Martinez. Ele chegou a ser preso em flagrante após o ocorrido, mas foi solto 24 horas depois, ao passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (5).

Segundo o advogado Augusto Mendes Araújo, que defende o delegado, a Justiça concedeu liberdade provisória ao suspeito mediante o pagamento de uma fiança no valor de 20 salários mínimos (R$ 28.240).

"Ele também está proibido de ir à cidade de Promissão e não pode ter contato com os familiares da vítima ou testemunhas", acrescenta o advogado.

Ainda de acordo com a defesa, o delegado, que atua nas cidades de Getulina e Lins, também no interior do estado, não foi afastado de suas funções na Polícia Civil.

"Assim como a defesa, a Justiça entendeu que não houve dolo no caso. O Vinícius atirou para o chão na tentativa de controlar a confusão e defender os policiais. Ele está muito consternado com tudo o que aconteceu e se solidariza com a dor da família", afirmou Araújo.

Segundo informações do boletim de ocorrência, o disparo que atingiu a adolescente aconteceu após um homem tentar entrar com bebidas alcoólicas no recinto, o que não era permitido. O homem, que estaria alterado, teria desacatado policiais militares.

Na tumulto, o delegado teria atirado. Katrina estava do lado de fora do recinto aguardando o pai buscá-la quando foi atingida. Ela foi socorrida e levada para o Hospital Geral de Promissão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade.

O corpo da adolescente foi enterrado nesta segunda-feira no cemitério de Promissão.

A reportagem tentou contato com a família da adolescente, porém, segundo um familiar que não quis se identificar, todos estão muito abalados e não quiseram se manifestar.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo afirmou que a Corregedoria da Polícia Civil apura a conduta do delegado "na tentativa de detenção de um suspeito por desacato a policiais militares" e que a arma usada na ação foi apreendida.

Comentários

3 Comentários

  • jaques campos 9 horas atrás
    E muita irresponsabilidade efetuar disparo no meio de uma multidão. Ainda mais sendo um delegado, tem que ser punido.
  • Darsio 9 horas atrás
    O que acontecerá com o delgado? Nada! Nadinha, mesmo. Aliás, nesses últimos dias é sargento estuprando menores, pastor tendo caso em motel com irmã casada e outro tendo relação sexual com outro homem. Nossa! Essa gente conservadora, zeladora dos bons costumes e da pátria estão dando o que falar, hein! Seria coisa do diabo, como dizem os pastores depois das delícias do sexo?
  • Dirceu 9 horas atrás
    Se fosse um zé ruela qualquer, a Justiça teria entendido diferente... mas como é o doutor delegado, a intenção dele foi \"boa\", em atirar no meio da multidão pra proteger os policiais. Affff.... é só mais uma historinha de advogado e quem se ferrou foi a adolescente e a família dela... e é claro.. ainda vão sofrer coação de outros policiais pra não testemunhar.