“O trabalho começou ontem à noite, quando recebemos o apoio dos veterinários de São Paulo”, disse o capitão Tiago Franco, que liderou a missão de resgate.

Os bombeiros se aproximaram do animal e fizeram a sedação. Depois disso, ele foi colocado em um bote para ser levado até um local seguro para receber os cuidados dos veterinários.

O deslocamento, de quase meia hora, foi acompanhado por outros profissionais da PM e do Corpo de Bombeiros de SP. O animal foi hidratado e recebeu os cuidados para o transporte em segurança.

O resgate
Segundo Tiago, logo cedo nove bombeiros em duas embarcações, e veterinários em uma terceira, se deslocaram pelo trecho alagado até encontrar o animal. O cavalo estava a quatro quilômetros do ponto inicial do alagamento.

O primeiro passo foi se aproximar do animal e realizar a sedação para evitar que o cavalo se machucasse ou ficasse nervoso com a presença dos humanos. Com o auxílio de um veterinário, a sedação foi aplicada. O veterinário Leonardo Castro disse que o trabalho conjunto foi fundamental para resgatar o animal.

“Quando chegamos, encontramos o animal em uma situação debilitada”, conta o capitão. “Tentamos nos aproximar de maneira calma, fizemos a contenção física, os veterinários vieram com os medicamentos. Após a sedação, deitamos o cavalo numa balsa de salvamento e fizemos a extração em segurança.”

O animal, de quase 400 quilos, foi deitado no bote de estrutura reforçada para aguentá-lo e seguiu por quase meia hora num percurso de quatro quilômetros até chegar ao ponto seco da cidade. Durante o trajeto, o capitão Franco carregou uma bolsa de soro para ajudar na hidratação do animal.

Chegando ao local, uma viatura dos Bombeiros de SP puxou o bote até um caminhão da Brigada Militar. O animal, ainda sedado, foi levado até um hospital veterinário para receber os cuidados necessários.

No meio da tarde, os bombeiros e o veterinário gravaram um vídeo explicando a missão ao lado do cavalo, que já estava acordado e se alimentando.

As equipes de resgate inicialmente se confundiram sobre o sexo do animal. Chegou a ser divulgado que se tratava de uma égua, mas os bombeiros paulistas posteriormente confirmaram depois que se tratava mesmo de um cavalo, como divulgado inicialmente.

Ajudando no Sul
Os bombeiros que participaram da ação estão no Rio Grande do Sul há uma semana. Eles embarcaram para o estado gaúcho em 1º de maio. Foi uma das primeiras equipes de outros estados a reforçar a missão humanitária de salvamento das vítimas das chuvas.

Desde então, eles participaram de diferentes missões em diversas cidades gaúchas. A equipe ainda não tem previsão de volta. Ela permanecerá no Sul juntamente com outros policiais militares, do Águia, e da Ambiental, nas missões de resgate e ajuda à população afetada pelas enchentes.