POLÍCIA

Pai e filha são condenados por aliciar meninas para a prostituição em Avaí

Homem recebeu pena de 28 anos e oito meses e mulher, de 24 anos e dez meses; uma das vítimas era filha dela e neta dele

Por Tisa Moraes | 14/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Polícia Civil/Divulgação

Mensagens em celulares apreendidos fizeram parte das provas
Mensagens em celulares apreendidos fizeram parte das provas

Avaí - Pai e filha, de 53 anos e 35 anos, foram condenados por submeter seis meninas, todas menores de idade, à prostituição e por comercializar fotos nuas das vítimas em Avaí (39 quilômetros de Bauru). O homem recebeu pena de 28 anos, oito meses e 24 dias de reclusão e a mulher, de 24 anos, dez meses e 20 dias, ambos por favorecimento à prostituição de adolescentes, com aumento da condenação à metade por uma das vítimas, de 16 anos, ser filha dela e neta dele, e estupro de vulnerável praticado de forma continuada, porque uma das meninas tinha 12 anos.

O homem teve pena maior porque manteve conjunção carnal remunerada com esta adolescente e outras duas, de 15 e 16 anos. Ambos cumprirão a pena em regime inicial fechado.

Uma terceira ré do processo, mãe de uma das vítimas, foi absolvida, porque não ficou comprovado que ela contribui material ou intelectualmente para a prática dos crimes. Os nomes não serão divulgados pela reportagem em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para preservar as meninas.

A sentença foi proferida pela juíza Lêda Maria Sperandio Furlanetti, da 2.ª Vara Criminal de Bauru, nesta quinta-feira (11). De acordo com ela, depoimentos das vítimas, colhidos a partir de escuta especializada, mensagens encontradas em cinco celulares apreendidos, fotos e vídeos de adolescentes nuas encontradas no celular do réu e a confissão dele sobre ter mantido conjunção carnal com três meninas demonstraram a autoria delitiva de pai e filha.

Também restou comprovado que a ré atraía as adolescentes - sua filha e amigas da menina - à prostituição em troca de comida, moradia ou dinheiro, realizando, inclusive, negociações de valores e usando sua residência para promover os encontros com as meninas. Ela também teria induzido a vítima de 12 anos a manter relações sexuais com o réu e, por isso, também foi condenada por estupro de vulnerável.

O caso chegou ao conhecimento da Polícia Militar em 24 de fevereiro de 2023, quando uma equipe foi acionada para atender uma ocorrência de desentendimento na residência da mulher condenada. Na ocasião, sua filha relatou que era forçada a se prostituir, assim como amigas dela menores de 18 anos. Em 6 de abril do mesmo ano, os três suspeitos foram presos e, dois meses depois, tornaram-se réus, sendo agora condenados.

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