CONTINUA FECHADO

Restaurante do Zoo está pronto há quase 1 ano, mas segue vazio

Por Guilherme Matos | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Freitas
Foto do deck do restaurante, na data da inauguração do prédio
Foto do deck do restaurante, na data da inauguração do prédio

O novo prédio do restaurante do Zoológico Municipal de Bauru, entregue em 1 março de 2024, está prestes a completar um ano sem que empresas assumam sua gestão. O espaço, que deveria ser uma atração para os visitantes em um ponto crucial do lazer e turismo da cidade, permanece vazio e sem opções de refeição. Após duas licitações fracassadas no fim de 2023, a prefeitura espera lançar mais um edital no próximo mês.

A novela em torno do espaço se arrasta desde 2017, quando o então prefeito Rodrigo Agostinho (PSB) assinou a ordem de serviço para o início das obras. Desde então, a construção passou por diversos problemas, que resultaram em atrasos, rompimento de contrato, troca de empreiteiras e até uma intervenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A prefeitura abriu duas licitações procurando empresas interessadas em prestar serviços no local. A primeira delas foi publicada no dia 17 de outubro de 2023. No edital, o Executivo pede um aluguel de R$ 20.000,00 e estabelece algumas obrigatoriedade, como a comercialização do Sanduíche Bauru, nomes de animais selvagens para os pratos e mínimo de quatro opções no cardápio executivo (carne vermelha, carne branca, massa e vegetariano), que devem estar disponíveis diariamente.

Na ocasião, somente a empresa Guilherme F. Orti Lopes Lanchonete-ME demonstrou interesse. No entanto, o lance foi de apenas R$ 9 mil, o que desclassificou a interessada. Ao JC, o representante do CNPJ Jair Orti Lopes, 68 anos, explicou que esse seria o valor máximo para operar no local obtendo lucro. O empresário trabalha no zoológico desde 1988 e acredita que não exista movimento o suficiente para bancar um aluguel desse valor.

A maior parte dos 300 mil visitantes anuais, segundo Jair, são de Emeiis e Emefs — público que não consome refeições no local. Outra dificuldade é a obrigatoriedade de servir quatro opções de pratos executivos diariamente. Isso porque, durante a semana, a movimentação no zoológico é pequena e seria necessário uma cozinheira no local mesmo sem demanda. "Se alguém chega, pede o prato e não tem, o restaurante é punido. No final de semana, se chover, por exemplo, também não tem movimento e aí vem o prejuízo", explica Jair.

SEGUNDA LICITAÇÃO

Na segunda tentativa da prefeitura, o edital pediu um aluguel menor, de R$ 15.750,00, com as mesmas exigências. Nesta ocasião, Jair participou novamente com o mesmo lance de R$ 9 mil e foi desclassificado. Uma outra empresa ofereceu uma proposta no exato valor exigido. No entanto, foi desclassificada por possuir débitos com o Executivo Municipal.

A prefeitura foi questionada sobre as mudanças para o próximo edital e a avaliação das outras tentativas, mas optou por não se pronunciar. Eles afirmam, porém, que o novo processo está em fase de conclusão.

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