Após dois motociclistas perderem a vida devido ao uso de linhas com cerol em menos de 15 dias, a Prefeitura de Indaiatuba intensificou as ações de combate à prática. Os casos, que ocorreram nos dias 23 de dezembro e 4 de janeiro, mobilizaram uma força-tarefa municipal para proteger a população e punir responsáveis pelo uso e comercialização de linhas cortantes.

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No caso mais recente, no último sábado (4), o motociclista Amilton Silva, de 37 anos, teve o pescoço cortado por uma linha de cerol enquanto trafegava pela Avenida Horst Frederico João Heer, próximo ao The Palms Residencial. Ele chegou a pedir ajuda no local, mas não resistiu aos ferimentos. No final de dezembro, Patrick Augusto Antunes Bovi, de 25 anos, morreu de forma semelhante na Avenida Bernardino Bonavita.

Em resposta às tragédias, o prefeito Dr. Custódio Tavares reuniu representantes de segurança e fiscalização para definir ações imediatas. Até o final de janeiro, haverá fiscalização diária em toda a cidade, com aplicação de multas previstas em lei. Os valores variam de R$ 1.851,00 para usuários a R$ 22.212,00 para comércios reincidentes, que também podem ter seus alvarás cassados.

A Guarda Civil já iniciou operações, com a apreensão de 491 itens relacionados ao cerol em um comércio da Rua dos Indaiás. A ação resultou na autuação do estabelecimento e na abertura de processo administrativo.

Além disso, a prefeitura lançará uma campanha publicitária para conscientizar a população sobre os perigos do cerol e incentivar o uso de antenas de proteção em motocicletas. Palestras em escolas e igrejas também serão realizadas de fevereiro a junho.

O prefeito ressaltou a importância das medidas. "Essas tragédias mostram a gravidade desse crime. Não vamos poupar esforços para proteger vidas e garantir que as leis sejam respeitadas", afirmou.