Uma professora está sendo investigada pela Polícia Civil por suspeita de ter importunado sexualmente e causado lesão corporal em três crianças de 4 anos, em uma Escola Municipal de Ensino Básico (Emeb) de Jundiaí. Os crimes, de acordo com apuração do Jornal de Jundiaí, ocorreram entre os dias 6 e 26 de maio deste ano, na quadra esportiva e dentro de uma sala onde não há câmeras. As famílias das vítimas registraram Boletim de Ocorrência no dia 29 e, além da investigação no âmbito policial, houve também um processo administrativo e disciplinar na rede municipal de ensino, segundo informou a Prefeitura de Jundiaí, que resultou na exoneração da professora, ocorrida oficialmente no dia 11 de novembro.
O caso está sob responsabilidade da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que confirmou a investigação em andamento, mas não pôde dar detalhes por se tratar de crime sexual infantil. O JJ, porém, apurou junto a fontes policiais sigilosas que as vítimas são duas meninas e um menino. Com relação a uma das meninas, a professora é alvo de investigação pelos crimes de importunação sexual, crime contra a dignidade sexual e lesão corporal; sobre a outra menina, a denúncia é de importunação sexual e lesão corporal, assim como também é o caso do menino.
A reportagem conversou com os pais das crianças. A mãe de uma das meninas disse: "minha expectativa é que seja feita justiça". A genitora da outra menina também cobrou punição: "a expectativa é que ela seja presa e mais nada". Ambas disseram que preferem se manifestar de maneira mais abrangente, quando o caso for encerrado. O pai do menino disse: "o que queremos é Justiça, vamos ver no que vai dar".
As três crianças, inclusive, passaram por escuta especializada durante as investigações da DDM e relataram os abusos e tratamentos que resultaram em lesão corporal. Entre os apontamentos, as vítimas contaram que a professora apalpou suas nádegas.
Existe ainda, dentro do mesmo inquérito policial, o caso de um menino, também de 4 anos e da mesma Emeb, que está sendo investigado por lesão corporal.
Segundo informações apuradas pelo JJ, a professora também leciona na rede estadual de ensino, em uma escola de Jundiaí.
EXONERADA
A demissão da professora pela Prefeitura ocorreu oficialmente no dia 11 do mês passado, com base em dois artigos dos direitos e deveres do funcionário público; o primeiro deles, o artigo 128, que especifica 'manter conduta compatível com a moralidade administrativa" (IX) e 'tratar com urbanidade as pessoas' (XI). Já o artigo 138 exige diz que a 'a pena de demissão será aplicada nos casos de incontinência de conduta e mau procedimento (III) e ofensa moral ou física em serviço contra servidor ou qualquer pessoa, salvo em legítima defesa (V).’
A Prefeitura de Jundiaí se manifestou por meio de nota encaminhada à redação: "as Unidades de Gestão de Administração e Gestão de Pessoas (UGAGP) e Educação (UGE) informam que a exoneração aconteceu após encerramento de processo administrativo e disciplinar interno. O caso segue em trâmite na Justiça".
A PROFESSORA
A reportagem tentou localizar a professora para que ela pudesse se manifestar sobre o caso. Ela não respondeu às tentativas de conversas nem respondeu às mensagens.