Um homem de 19 anos foi preso em flagrante por abandono de incapaz, ao deixar o filho - um bebê de apenas 1 ano - dentro de um carro, durante a madrugada, em uma biqueira, no bairro Torres de São José, em Jundiaí. A criança foi retirada pro guardas municipais, que patrulhavam pelo local com vistas ao tráfico. O pai, inclusive, é suspeito de também ser traficante. A mãe, ao ser avisada, se mostrou indiferente à situação e sequer foi à delegacia.
Os GMs faziam patrulhamento, quando resolveram parar no ponto de tráfico. Eles suspeitaram de um carro estacionado no local e olharam pelos vidros, o seu interior, notando que havia um bebê.
Os agentes começaram uma incessante busca pelos pais da criança, batendo de casa em casa para encontrá-los, porém sem sucesso.
Cerca de uma hora depois um homem se apresentou como dono do carro, informando que conhecia os pais do bebê, e que o pai havia pedido para deixar o filho no seu carro.
Ele fez contato com o pai da criança, que após cerca de meia hora, apareceu acompanhado de uma moça, que se apresentou como mãe do bebê.
Todos foram conduzidos ao Plantão Policial, onde a moça desistiu da farsa, alegando que não era a mãe da criança - mentiu para que os guardas não levassem o bebê embora.
Por ordem do delegado Rodrigo Carvalhaes, foi feito contato com a mãe do bebê, que não demonstrou nenhum interesse em ter o filho sob sua guarda.
O Conselho Tutelar foi acionado e, ao avaliar o caso, entendeu que nem o pai e nem a mãe reúnem condições de ter a guarda do filho, pelo menos neste primeiro momento. Desta forma, o bebê foi entregue ao avô materno, com quem a criança demonstrou ter vinculo afetivo - o avô terá de comparecer no Conselho nesta segunda-feira, acompanhado de sua filha, mãe do menino.
Em seu depoimento, o pai disse que havia deixado o filho sozinho por apenas meia-hora dentro do carro. A história não convenceu o delegado Carvalhaes, o prendeu em flagrante, por abandono de incapaz
Com relação à moça que mentiu ao dizer que era a mãe, foi qualificada como investigada por falsa identidade.
O caso deve ficar a cargo da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).