Um operador de caixa de um supermercado atacadista em Jundiaí poderá ser investigado por importação sexual contra uma jovem de 13 anos, que relatou ao tio, um guarda municipal, que o suspeito flertou com ela com olhar de forma lascivo, passando a língua nos lábios e a deixando constrangida. O caso foi registrado neste fim de semana, por ora, apenas como não criminal - também houve regitro de ameaça, já que o suspeito também acusou o GM, que estava de folga, de tê-lo ameaçado.
A Guarda Municipal foi acionada justamente pelo colega de farda - não foi possível saber se ele é Guarda em Jundiaí ou outra cidade -, relatando que sua sobrinha estava denunciando um operador de caixa, que estaria olhando para ela de forma maliciosa e fazendo 'caras e bocas' que estavam a constrangendo.
As partes foram conduzidas para o Plantão Policial, onde o delegado plantonista ouviu as versões e entendeu que faltaram elementos mais robustos para uma abertura de inquérito por importunação sexual. No entanto, a autoridade deixou o registro sem prejuízo de investigação, caso a delegacia de área (possivelmente a Delegacia de Defesa da Mulher - DDM) entenda que seja necessária uma escuta especializada com a menina, e então dar um novo rumo ao BO.
O DESPACHO DO DELEGADO
"Após minuciosa análise das informações contidas nos autos, esta autoridade policial ressalta que, conforme jurisprudência pacífica, o mero olhar sensual, isoladamente considerado, não se enquadra na tipificação penal da importunação sexual, delito de grave potencial ofensivo. No entanto, considerando a complexidade das relações interpessoais, e a possibilidade de o olhar estar acompanhado de outros atos ou gestos, que em conjunto, possam geral constrangimento ou ofensa à liberdade sexual, determino o registro provisório como não criminal, sem prejuízo para a continuação das investigações e para a coleta de provas mais robustas, caso a autoridade policial de área entenda pela instauração de inquérito".
Em seu despacho, o delegado também cita ameaças relatadas pelo suspeito, que teriam sido feitas pelo tio da vítima. "As versões são contraditórias e conflitantes... e fica a vítima (operador de caixa) orientado quanto ao prazo para processar o autor".