NO SUPERMERCADO

Operador de caixa é acusado de importunação sexual em Jundiaí

Por Fábio Estevam | Polícia
| Tempo de leitura: 2 min
JORNAL DE JUNDIAÍ
O caso foi atendido pela Guarda Municipal, que apresentou no Plantão Policial
O caso foi atendido pela Guarda Municipal, que apresentou no Plantão Policial

Um operador de caixa de um supermercado atacadista em Jundiaí poderá ser investigado por importação sexual contra uma jovem de 13 anos, que relatou ao tio, um guarda municipal, que o suspeito flertou com ela com olhar de forma lascivo, passando a língua nos lábios e a deixando constrangida. O caso foi registrado neste fim de semana, por ora, apenas como não criminal - também houve regitro de ameaça, já que o suspeito também acusou o GM, que estava de folga, de tê-lo ameaçado.

A Guarda Municipal foi acionada justamente pelo colega de farda - não foi possível saber se ele é Guarda em Jundiaí ou outra cidade -, relatando que sua sobrinha estava denunciando um operador de caixa, que estaria olhando para ela de forma maliciosa e fazendo 'caras e bocas' que estavam a constrangendo.

As partes foram conduzidas para o Plantão Policial, onde o delegado plantonista ouviu as versões e entendeu que faltaram elementos mais robustos para uma abertura de inquérito por importunação sexual. No entanto, a autoridade deixou o registro sem prejuízo de investigação, caso a delegacia de área (possivelmente a Delegacia de Defesa da Mulher - DDM) entenda que seja necessária uma escuta especializada com a menina, e então dar um novo rumo ao BO.

O DESPACHO DO DELEGADO
"Após minuciosa análise das informações contidas nos autos, esta autoridade policial ressalta que, conforme jurisprudência pacífica, o mero olhar sensual, isoladamente considerado, não se enquadra na tipificação penal da importunação sexual, delito de grave potencial ofensivo. No entanto, considerando a complexidade das relações interpessoais, e a possibilidade de o olhar estar acompanhado de outros atos ou gestos, que em conjunto, possam geral constrangimento ou ofensa à liberdade sexual, determino o registro provisório como não criminal, sem prejuízo para a continuação das investigações e para a coleta de provas mais robustas, caso a autoridade policial de área entenda pela instauração de inquérito".

Em seu despacho, o delegado também cita ameaças relatadas pelo suspeito, que teriam sido feitas pelo tio da vítima. "As versões são contraditórias e conflitantes... e fica a vítima (operador de caixa) orientado quanto ao prazo para processar o autor".

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