DIA DO IDOSO

Idosos com mais de 80 anos têm prioridade especial de atendimento

Por Nathália Sousa |
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Divulgação
Para idosos com mais de 80 anos, a prioridade é estabelecida por lei desde 2017
Para idosos com mais de 80 anos, a prioridade é estabelecida por lei desde 2017

Atendimento prioritário para pessoas com deficiência, com criança de colo, em gravidez, obesos ou idosos não é uma novidade. Não é novidade também que pessoas com mais de 80 anos têm prioridade maior, mesmo entre os demais idosos, mas, mesmo sendo de 2017 a lei que institui isso, é raro que se tenhana prática esta prioridade, salvas exceções.

De acordo com o texto da Lei 13.466, que altera o Estatuto do Idoso, de 2003, "dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais idosos". Isso assegura, por exemplo, que, em serviços de saúde, por exemplo, exceto em caso de emergência, quem tem mais de 80 anos tem preferência especial. Essa preferência também se aplica a atendimento em órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população, em transportes e até em programas de habitação.

Nesta terça (1º), Dia do Idoso, a data relembra a necessidade de se assegurar direitos a essa parcela crescente da população que ainda tem suporte aquém do que precisa.

Pra ontem

Enfermeiro especialista em Gerontologia e Geriatria, Edvaldo de Toledo lembra que a população vem envelhecendo mais, o que exige atenção a idosos. "A Prioridade Especial, Lei 13.466/2017, é essencial para definirmos a urgência de atendimento e trâmite jurídicos para os 80+, são quase cinco milhões de pessoas idosas com mais de 80 anos no Brasil, graças a projetos sociais, vacinação, diminuição da mortalidade infantil, erradicação de doenças, e acesso a serviço de saúde de forma universal, estamos vivendo mais."

"Porém, o processo do envelhecer traz consigo a dificuldade de locomoção, saúde fragilizada. A prioridade acima da prioridade nos afirma que os serviços, sejam públicos ou não, devem agilizar o atendimento deste público frágil de locomoção e vulnerável nos aspectos físicos e emocionais. Também não posso deixar de citar, por exemplo, as deficiências ocultas, como as pessoas com demência. Infelizmente, é uma realidade em nossa sociedade e devemos introduzir como realidade em nosso dia a dia", pontua.

Segundo Edvaldo, há uma série de problemáticas emocionais e físicas relacionadas. "Por exemplo, as dores no corpo, como a artrose, problemas de circulação, amplamente comuns em pessoas com mais de 80 anos. Incontinência urinária, muitos usam suporte como roupa íntima ou absorventes, então a agilidade no atendimento se faz necessária. Assim, trazendo mais dignidade e novos saberes de como lidar com a longevidade, afinal, nunca vivenciamos isso em nossa história."

Para o enfermeiro, esta lei traz dignidade para pessoas mais velhas. "Estas pessoas com mais de 80 anos ainda ficam deslocadas e precisam deste acolhimento especial. Locais que não estão preparados, na questão do ambiente, transporte público ainda ineficaz ou mobilidade pública não preparada, a rotina desse idoso, que muitas vezes é tranquila, se torna um evento ou até mesmo um desprendimento de um terceiro, geralmente familiar, para transportar e acompanhar o idoso", lembra.

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