SETEMBRO VERDE

APP apresenta posição na fila de transplante a 24 mil pacientes

Por Bruna Góis | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Central de transplantes
24 mil pacientes podem consultar posição na fila de transplantes pelo aplicativo do Poupatempo.
24 mil pacientes podem consultar posição na fila de transplantes pelo aplicativo do Poupatempo.

Pacientes que estão na fila aguardando por um transplante de órgão ou tecido poderão consultar sua posição pelo aplicativo do Poupatempo, disponibilizado pelo Governo de São Paulo para celulares Android e iOS.

A atualização do aplicativo chegou há uma semana e foi desenvolvida por meio do programa de Saúde Digital da Secretaria de Estado da Saúde (SES), com o objetivo de facilitar o acompanhamento do paciente de forma prática e intuitiva, além de permitir a verificação do andamento do seu cadastro e atualizações.

O Sistema Estadual de Transplantes (SET) adota diversos critérios, como a gravidade do caso, compatibilidade e tempo de espera, garantindo, desse modo, uma distribuição justa para as mais de 24 mil pessoas que aguardam na fila por um transplante de órgão ou tecido no estado de São Paulo.

Como funciona a fila de transplantes no estado?

A gestão do cadastro técnico dos futuros receptores que aguardam na fila por um transplante é realizada pelo Sistema Estadual de Transplantes (central de transplantes). Todos os que precisam de um transplante devem estar inscritos nessa central, por meio de uma equipe transplantadora, que realizará todo o acolhimento e acompanhamento durante o pré-transplante e após o procedimento.

A central de transplantes também faz a distribuição dos órgãos de todos os doadores, seguindo a lei e seus critérios técnicos definidos para selecionar os futuros receptores aptos a receber o transplante.

Os critérios são baseados na compatibilidade do grupo sanguíneo ABO, no tempo de inscrição do receptor (classificação por ordem cronológica de inscrição), nas relações antropométricas (como peso e altura) entre doador e receptor e, para casos graves com risco iminente de morte, em situações de priorização.

O que diz a legislação

Os transplantes devem seguir rigorosamente a legislação, que estabelece critérios para priorizar o paciente em casos graves. O principal critério de priorização envolve pacientes com problemas cardíacos graves, como aqueles que têm dificuldade de andar, ficam cansados com facilidade e precisam tomar medicamentos intravenosos 24 horas por dia, necessitando de internação para receber esses medicamentos e auxiliar o coração a bater corretamente. Segundo as análises da fiscalização, esse paciente é considerado mais grave do que aquele que está aguardando o chamado em casa.

A documentação que comprova o estado de gravidade do potencial receptor deve ser submetida pela central de transplantes, através da equipe técnica responsável pelo paciente. O caso passará por avaliação da câmara técnica, um colegiado formado por médicos das principais equipes transplantadoras, que podem avaliar a situação.

Nos casos em que o paciente recebeu o transplante sob priorização, seu prontuário é auditado após o transplante. A central de transplantes afirma que cada estado possui sua própria lista de espera, e nenhum paciente pode estar presente em duas listas de estados diferentes do país.

As medidas são adotadas para prevenir fraudes, e os critérios de desempate entre os pacientes são analisados segundo o tipo de órgão ou tecido. Além disso, crianças e adolescentes até a maioridade (18 anos) têm prioridade quando o doador está na mesma faixa etária ou quando concorrem com adultos.

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