Os dias passam e o misterioso desaparecimento da bauruense Claudia Regina da Rocha Lobo, 55 anos, segue sem desfecho. Desde o último dia em que ela foi vista, terça-feira da semana passada, dia 6, a filha dela, Letícia Rocha Prado, faz campanha diária nas redes sociais pedindo ajuda da população para que colabore com ela e as autoridades policiais, fornecendo informações para encontrar sua mãe. Em uma das publicações mais recentes, no final da noite desta terça (13), ela destaca o período mais difícil de sua vida e garante que não desistirá da própria mãe.

“Uma semana que minha vida virou de cabeça para baixo. Uma semana do pior dia da minha vida. Uma semana que não tenho notícias da pessoa mais importante da minha vida. Mãe, está muito difícil! Está doendo demais não ter por perto, não ter uma notícia, não te ver, não te ouvir. Nem nos meus maiores pesadelos pensei que iríamos passar por isso!”, postou Letícia nas redes sociais.

A publicação segue: “Estou sendo forte por você, mãe, você me criou para ser forte. Eu vou até o fim para te achar e entender tudo isso. Você é minha vida. Te amo. Eu por você e você por mim, para sempre! Não vou desistir jamais!”, finaliza uma de suas publicações.

O desaparecimento de Claudia Lobo, inclusive, nesta última semana, é um dos assuntos mais discutidos no município.

NOTA FEAPAES

Nesta terça, a Federação das Apaes do Estado de São Paulo divulgou nota lamentando profundamente o ocorrido com a colaboradora da unidade de Bauru. “Necessário frisar que todos estamos em orações e com esperanças de que em breve a mesma retorne à família e ao seu lar. Unidos enviamos boas energias acreditando que o caso seja resolvido o mais rápido possível”, finaliza o texto enviado.

INVESTIGAÇÃO

Conforme o JCNET noticiou, os policiais investigam a possibilidade de mais de uma pessoa estar envolvida no desaparecimento da bauruense. A informação consta do despacho da Justiça que fundamentou a decretação do sigilo nas investigações, solicitado pela Polícia Civil.
"Tratando-se da apuração de infração penal grave envolvendo vítima de função socialmente relevante, o interesse midiático e divulgações que têm causado prejuízo à investigação, envolvendo possivelmente mais de um autor, cujas diligências demandam absoluta discrição para o sucesso da investigação, decreto o sigilo deste procedimento", cita o despacho.

Com a decisão, o acesso aos documentos fica permitido apenas aos policiais civis da equipe de Investigação de Homicídios. Além do sigilo, também foi solicitada a decretação do segredo de justiço do procedimento sob a justificativa da "natureza dos crimes a serem investigados, o sucesso da investigação, o interesse público e a conveniência da instrução criminal".

O DESAPARECIMENTO

Claudia Lobo não é vista desde à tarde da última terça-feira (6), quando deixou o local onde trabalha, rua Rodrigo Romeiro, no Centro, com uniforme, segurando um envelope na mão, e embarcou em uma Spin branca. A bolsa e o celular dela ficaram sobre sua mesa e ela não avisou ninguém para onde iria.

A entrada dela no veículo foi registrada por câmeras de segurança. O desaparecimento foi registrado na noite do mesmo dia. Já a Spin foi localizada na manhã seguinte, na quadra 5 da alameda Três Lagoas, na Vila Dutra. O veículo passou por perícia e, durante os trabalhos, segundo a Polícia Civil, foram encontrados "vestígios de interesse" relevantes para as investigações.

As buscas por Claudia prosseguem desde então. De acordo com o delegado titular da 1.ª Delegacia de Investigações Gerais (1.ª DIG) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, Cledson Luiz do Nascimento, com o segredo de justiça, só haverá manifestação da Polícia Civil "quando houver novidade nas investigações".

DISQUE DENÚNCIA

Quem tiver informações sobre o paradeiro pode acionar o telefone 190 da Polícia Militar ou 197 da Polícia Civil.