Apesar da mínima dos 7,8º C registrados na última terça-feira, 23, o inverno em Franca não tem sido, ao menos até agora, tão rigoroso, com médias mínimas de 16º C em junho e 13,4º C em julho.

Essa disparidade entre o frio esperado e o tempo ameno registrado surpreendeu lojistas da cidade, que têm feito liquidações para dispensar as peças de coleções da estação mais gelada do ano, marcadas pelos materiais mais quentes, com revestimento térmico e até impermeabilidade.

Na loja do Magazine Luiza, que fica na rua Voluntários da Franca, no Centro, a queima de estoque é voltada para blusas reforçadas e cobertores. Os descontos chegam à casa dos 60%, como conta o gerente Luciano Marques.

“Realmente, faltou frio, né? Isso forçou os comerciantes a fazerem as megaliquidações de inverno. Aqui, a gente chega a ter cobertor com mais de 60% de desconto. Ao mesmo tempo, isso tudo é muito bom para o consumidor, que tem a oportunidade de comprar essas peças por um preço menor e ficar preparado para um frio maior, que pode ser até neste ano mesmo”, aconselhou.

O mesmo acontece na camisaria Casa Barbosa, também do Centro, onde trabalha Marcelo Montagnini. Por lá, ele conta que as roupas de frio estão “paradas”. “A falta de frio impactou fortemente no comércio. Vemos todo o investimento em coleções de inverno parado. Não consegue vender. Nem fazendo promoção, as roupas estão saindo. Estamos preocupados com a situação”.

Caminhando pela região central de Franca, não é difícil notar estabelecimentos comerciais exibindo peças mais reforçadas com dizeres de “oferta”, por exemplo.