EXONERADO

Tarcísio demite tenente-coronel que trabalhou na PM em Franca

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Rogério Carbonari Calderari: demitido da Polícia Militar pelo governador
Rogério Carbonari Calderari: demitido da Polícia Militar pelo governador

O tenente-coronel Rogério Carbonari Calderari, que foi demitido da Polícia Militar pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), trabalhou em Franca na década de 1990. 

Na época, incorporado ao 15º Batalhão da Polícia Militar do Interior, Calderari era tenente, tendo trabalhado por cerca de 4 anos na cidade. No mês de julho de 1998, Calderari foi transferido de Franca para o 3º Batalhão de Polícia Militar do Interior.

Preso em 2018, a demissão, só oficializada quase seis anos depois, ocorre após a Justiça Militar negar em definitivo um recurso apresentado pela defesa de Calderari. A decisão do Governador foi oficializada através de decreto publicado nesta sexta-feira, 12, no Diário Oficial do Estado. 

No decreto, o Governador enquadrou o tenente-coronel no artigo 23 do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, nos trechos em que cita como possibilidade de demissão a condenação “à pena restritiva de liberdade superior a dois anos, por sentença passada em julgado”. O governador também lembrou o fato de Calderari ter sido considerado “moral ou profissionalmente inidôneo para a promoção ou revelar incompatibilidade para o exercício da função policial-militar”. 

Operação

Deflagrada pelo Ministério Público e pela Corregedoria da PM, a Operação Cabaré mirou cassinos clandestinos e foi considerada a maior ação de combate aos jogos de azar promovida até então em São Paulo. Mais de mil máquinas caça-níqueis, avaliadas em R$ 20 milhões, foram destruídas na operação.  

A investigação revelou que Calderari, conhecido como “Las Vegas” em razão de sua intensa corrupção, recebia regularmente dinheiro proveniente da exploração de jogos de azar. Na época dos fatos, ele era major e trabalhava no 22º Batalhão Metropolitano da PM, responsável por patrulhar áreas da zona sul de São Paulo.

O esquema, que envolvia outros oficiais e seis civis, durou pelo menos de 2012 até janeiro de 2018. Além de proteger os cassinos do grupo, ele encaminhava ocorrências para delegacias onde policiais civis corrompidos garantiam a continuidade dos jogos ilegais.

Comentários

1 Comentários

  • Jesuino Salgado 3 horas atrás
    Tá vendo o que é que dá não querer dividir o arrego?.