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Irmãs de Jundiaí fazem parte de Orquestra do Brasil

Por Redação |
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Adanya Duun
Bárbara, violista, iniciou sua trajetória musical aos 3 anos de idade num curso de musicalização infantil
Bárbara, violista, iniciou sua trajetória musical aos 3 anos de idade num curso de musicalização infantil

O Brasil ganhou, na semana passada, uma nova orquestra com foco inovador voltado para a educação e ações de sustentabilidade. Trata-se da Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC), que fez seus primeiros concertos na semana passada, no Teatro Ademir Rosa, em Florianópolis, e na Sociedade Harmonia Lyra, em Joinville, com regência de um dos maiores maestros da atualidade, Roberto Minczuk. As apresentações lotaram os teatros, com público de cerca de 1500 pessoas nos dois espaços. Nos próximos dias 13 e 14, o grupo de cordas da OFiC faz apresentações no mais importante evento brasileiro ligado à música de concerto: o Festival de Inverno de Campos do Jordão (SP).

Entre os músicos da orquestra estão as irmãs de Jundiaí Bárbara e Bianca de Souza, que passaram neste início de ano no processo seletivo para fazer parte do corpo fixo da orquestra. Bárbara, violista, iniciou sua trajetória musical aos 3 anos de idade num curso de musicalização infantil e desde cedo escolheu a viola como seu instrumento principal, aos 8 anos de idade. Ela prosseguiu com seus estudos na atual Emesp, e teve como professores no Brasil Renato Bandel, Gabriel Marin e seu grande mentor, Ricardo Kubala.

Em 2015, torna-se bacharel em música pela UNESP em 2015 e, 2017 seguiu com seus estudos na Europa. No Conservatório de Amsterdam, cursou um segundo bacharelado em viola, e no Conservatório Real de Haia, obteve seu título de mestre em música sob orientação da professora Liesbeth Steffens.

Ela participou de diversas masterclasses e festivais, tais como Festival de Inverno de Campos do Jordão, International Viola Congress e Mendelssohn International Festival na Alemanha, tendo a chance de tocar para grandes nomes da viola, como Nobuko Imai, Bruno Giuranna, Lawrence Power, entre outros.

Amante da educação musical e do poder transformador da música, atua ativamente como professora de violino e viola e participa constantemente de cursos de formação em diversos países. Após 7 anos no exterior, ela agora retorna ao Brasil e espera marcar uma nova página em sua carreira com as contribuições à OFiC.

A irmã Bianca é violoncelista da OFiC e também começou sua trajetória aos 3 anos, na musicalização infantil. Aos 5, já se apaixonou pelo violoncelo, mas devido ao tamanho do instrumento, teve que postergar o sonho de estudá-lo até os 11. Bianca é mestre em música pela Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do Prof. Dr. Robert Suetholz e obteve seu título de Bacharel em violoncelo pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob orientação do Prof. Dr. Lars Hoefs. Ela já se apresentou em Los Angeles (EUA), durante o Villa-Lobos International Chamber Music Festival e também em Calama (Chile), no Festival Musical Bioceânico.

No Brasil, participou de diversos festivais de música, como Ilumina Festival, Festival de Inverno de Campos do Jordão, FEMUSC, Gramado In Concert (Gramado), Festival OJA (Curitiba) e Rio Cello Encounter (Rio de Janeiro). Em 2018 foi vencedora dos concursos Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica da Unicamp (OSU) e Jovens Solistas da Orquestra do Departamento de Música da Unicamp, atuando como solista nas “Variações sobre um tema rococó” de Tchaikovsky. Foi vencedora por dois anos consecutivos dos prêmios "Ernani de Almeida Machado” da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado.

Bianca teve como sua mentora principal a violoncelista Mariana Amaral, Vana Bock e Douglas Kier. Durante 7 anos integrou a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, atuando como chefe de naipe. Em sua chegada à OFiC, Bianca quer colaborar com os valores sociais e os projetos musicais da orquestra, democratizando o acesso à música erudita.

Para Pablo Rossi, diretor artístico da OFiC, a orquestra nasce com uma proposta inovadora para promover a música de concerto, continuamente integrando ações educativas e sociais, inovação tecnológica e conscientização ambiental. “Além do repertório sinfônico tradicional, valorizamos a prática de música de câmara, diversificando os programas musicais e promovendo o desenvolvimento amplo dos músicos", ressalta.

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