Em entrevista coletiva na última sexta-feira (14), no Estádio Jayme Cintra, o empresário Pedro Mesquita, que iniciou o processo de compra da SAF do Paulista, revelou os próximos passos caso o acordo seja assinado e demonstrou apoio em uma possível construção de um centro de treinamento da equipe.
Durante a coletiva, Mesquita relembrou como foi pegar o Cruzeiro “no fundo do poço” e entregar o time com dívidas quitadas e com um CT de primeira linha completamente reformado. Questionado sobre a possível construção de um centro esportivo do Paulista, o gestor afirmou que se trata de um projeto para o futuro, mas vai depender da capacidade do clube em gerar receita. “A construção de um centro de treinamento e o trabalho de formação de atletas é o que mais gera receita ao longo prazo. Eu não acredito em nenhum projeto onde a categoria de base não seja o centro. O Paulista só vai conseguir se diferenciar dos seus concorrentes, se tiver uma categoria de base competitiva. Todo esse diagnóstico de futuro estará dentro do nosso projeto e vai depender muito da capacidade que teremos de gerar receita dentro do próprio clube”, explicou o empresário.
Ainda sobre as categorias de base, considerada fundamental e prioritária para o projeto, o investidor abriu as portas para uma possível parceria internacional visando a formação de atletas. “Olhando para o longo prazo, há muitas coisas que podem acontecer, como por exemplo uma parceria com um clube internacional que queira olhar para o Brasil na sua formação, em um clube [Paulista] que a gente quer que seja referência na formação de atletas”.
Perguntado sobre a questão de uma possível mudança do nome e escudo do clube, os populares “naming rights”, Mesquita revelou que não faz parte do projeto neste momento. “Hoje não existe nada e nenhuma parceria contratada. Estamos de peito aberto, ao lado da diretoria, conselho e torcedores, para decidir o que é melhor para o clube. Se houver a possibilidade de um parceiro que queira investir no clube, podemos deixar essa decisão até para a própria torcida. A tradição vale muito, o passado vale muito, então hoje não há nada em relação a isso. Pode ser que venha a existir e, se acontecer, haverá um debate para que possamos decidir em conjunto. Por enquanto estamos em um momento muito preliminar de elaboração do projeto [da SAF]”.
