PERIGO

RMJ tem mais de 16 mil de casos de dengue e desafios na vacinação

Por Rafaela Silva Ferreira |
| Tempo de leitura: 2 min
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Cabreúva lamenta a primeira morte, enquanto Itupeva e as outras cidades investigam casos suspeitos
Cabreúva lamenta a primeira morte, enquanto Itupeva e as outras cidades investigam casos suspeitos

O número de casos de dengue na Região Metropolitana de Jundiaí (RMJ) segue em alta, com a cidade de Jundiaí registrando o maior número de ocorrências (12.851) e Várzea Paulista a segunda maior quantidade (2.017). Cabreúva lamenta a primeira morte, enquanto Itupeva e as outras cidades investigam casos suspeitos.

Mesmo com os números altos, ao que tudo indica, nenhuma das sete cidades pertencentes à região metropolitana receberam remessas de vacina contra a dengue.

De acordo com as prefeituras da RMJ, embora sejam feitas com frequência ações de conscientização, os números continuam alarmantes:

Jundiaí: A Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS) informou que o município acumula 12.851 casos de dengue, com seis óbitos. Do total de ocorrências, 10.764 são autóctones, 169 importadas e 1.918 estão em investigação para determinação de local de transmissão.

Várzea Paulista: A Prefeitura de Várzea Paulista informou que o município contabiliza 2.017 casos positivos de dengue. Destes, 1.995 são autóctones e 22 importados. O município possui duas mortes suspeitas, uma de uma mulher de 90 anos com comorbidades, com resultado negativo e a segunda suspeita, ainda em investigação, de uma mulher de 28 anos.

Campo Limpo Paulista: Segundo o boletim atualizado do munícipio, são 2.084 casos notificados, com 1.059 negativos e 854 positivos. Não há registros de mortes ou internações.

Cabreúva: Segundo a prefeitura do município, Cabreúva possui 455 casos confirmados e 1.002 casos notificados, com uma morte registrada no dia 02/04/2024, de uma criança de 6 anos, que foi integralmente atendida no Hospital Universitário, em Jundiaí. Não há outras mortes em investigação.

Itupeva: A Prefeitura de Itupeva informou que o município contabiliza 332 casos positivos de dengue, 458 casos descartados e 28 casos em investigação.

Procuradas pela reportagem do JJ, as prefeituras de Jarinu e Louveira não enviaram respostas até o fechamento desta matéria.

CASOS

A estudante Manuela Cavalcanti Dias, de 19 anos, fez intercâmbio para o México e quando voltou para o Brasil, após dois meses, se sentiu mal. "No começo, pensei que fosse algo relacionado ao jet lag. Eu nunca pensei que a dengue pudesse ser tão forte até que a contraí no início de abril e ter o diagnóstico. No começo, os sintomas pareciam uma gripe comum, com febre alta e dores pelo corpo. Mas rapidamente, a situação piorou. As dores musculares e nas articulações se tornaram insuportáveis. Fiquei fraca, mal conseguia levantar da cama. Além disso, a febre persistente e as náuseas constantes me deixaram completamente exausta e sem apetite."

Manuela conta que foi assustador ver seu estado de saúde. "Tive erupções cutâneas, olhos vermelhos e muita dificuldade para respirar. O que 'salvou' foi o apoio da minha família. Após algumas semanas, finalmente comecei a melhorar, mas ainda me sinto 'estranha'", finaliza.

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