SEM IRREGULARIDADE

Aviões são alvos de vistoria com cães farejadores no aeroporto de Jundiaí

A iniciativa foi de rotina, segundo a VOA, e ocorre cinco dias após operação da Polícia Federal contra tráfico internacional de drogas, em Jundiaí

Por Fábio Estevam | 10/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min
Polícia

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Aeronaves e bagagens foram vistoriadas durante o treinamento dos cães
Aeronaves e bagagens foram vistoriadas durante o treinamento dos cães

A divisão de Operações com Cães da Guarda Municipal de Jundiaí foi acionada pela Rede VOA, na madrugada desta quarta-feira (10), para vistoriar aviões e bagagens no aeroporto estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí. A ação ocorre cinco dias após realização de operação da Polícia Federal na cidade, para desarticular um esquema internacional de tráfico de drogas e armas, em que Jundiaí estaria sendo usada por criminosos para escoamento de carga pelo Brasil. Não há, porém, relação entre a operação da PF e a iniciativa desta madrugada.

A iniciativa teve início às 4h e mobilizou GMs, cães e agentes da VOA. Os animais não encontraram nada de ilícito durante a vistoria. A empresa informou, por meio de nota enviada ao Jornal de Jundiaí, que a ação não resultou em ocorrências de crimes. "Foram vistoriadas algumas aeronaves e bagagens, sem a constatação de nenhuma irregularidade".

A nota segue explicando que a iniciativa foi de rotina. "A Rede VOA informa que foi realizada uma vistoria de rotina no aeroporto estadual de Jundiaí, por volta de 4 horas, com a presença do Canil da GM, para ambientação com os cães em aeronaves. O intuito do treinamento foi ambientar os cães com um cenário diferente do convencional de atuação para que, em uma possível atuação, tudo possa correr dentro do padrão operacional desejado. A Concessionária vem trabalhando constantemente em fomentar laços com órgãos públicos de segurança e emergência, com a finalidade de se aproximar dos entes e intruí-los sobre segurança na aviação, coibindo assim, os diferentes tipos de atividades ilícitas que poderiam acontecer nos nossos aeroportos".

RELEMBRE A OPERAÇÃO PF

A Polícia Federal deflagrou na sexta-feira (5), a Operação Icarus, que teve como objetivo desarticular organização criminosa especializada no tráfico transnacional de drogas e de armas de fogo. Foram expedidos oito mandados de prisão temporária, dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, relativos a imóveis do grupo, localizados nas cidades de Guarujá/SP, Praia Grande/SP, Santana de Parnaíba/SP, São Paulo/SP, Jundiaí/SP, Itupeva/SP, Osasco/SP, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES e Curitiba/PR, pela 2ª Vara Federal de Ponta Porã/MS. Houve ainda a determinação do sequestro de ativos financeiros, de imóveis e de veículos pertencentes a nove pessoas físicas investigadas.

As investigações tiveram início no ano de 2022, com a apreensão de uma aeronave carregada com 442kg de cocaína, três fuzis calibre 5.56 mm e uma escopeta calibre 12, no município de Coronel Sapucaia/MS. No decorrer dos trabalhos, ficou evidenciado que o grupo criminoso também estava envolvido em outra apreensão de cocaína, na qual foram encontrados 595kg de cocaína escondidos sob a fuselagem de um jato executivo, ação ocorrida no aeroporto internacional de Salvador/BA.

Até o momento, de acordo com a PF, sabe-se que a organização criminosa é responsável por introduzir grandes quantidades de cocaína no território nacional, através das fronteiras com os países vizinhos por meio do modal aéreo, utilizando-se de pistas de pouso clandestinas e planos de voo falsos. Da região fronteiriça de Mato Grosso do Sul, a droga é remetida, principalmente, para as cidades de Jundiaí/SP e Sorocaba/SP. Também foi possível identificar certa hierarquia, havendo funções de comando, apoio logístico, pilotos cooptados, equipe de solo e equipe de apoio.

São atribuídos aos investigados os crimes de tráfico internacional de drogas e armas cometidos por intermédio de atuação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 39 anos de reclusão.

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