SAÚDE

Sintomas de dengue e covid podem ser confundidos

Por André Borges | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
Campanhas de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti sempre alertam os cidadãos a tomares os devidos cuidados para evitar a proliferação da doença
Campanhas de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti sempre alertam os cidadãos a tomares os devidos cuidados para evitar a proliferação da doença

No começo do ano, os casos de coronavírus e dengue aumentaram no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, há 920.427 casos confirmados da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Em Jundiaí, segundo a prefeitura, foram registrados 110.074 casos de coronavírus e 682 pacientes com dengue. Os números são desta segunda-feira (26).

As doenças avançaram no país no começo do ano. Consequentemente, muitas pessoas não sabem exatamente qual das enfermidades possuem, pois a dengue e a covid-19 têm sintomas em comum, como mal-estar e dores no corpo.

PREVENÇÃO MÉDICA

O infectologista Alvaro Furtado Costa confirma que realmente há sintomas semelhantes entre dengue e covid-19, mas afirma que a forma de diferenciar as doenças é indo ao médico. "É necessário fazer exames que vão detectar a enfermidade. No caso da dengue, precisa fazer um exame sorológico, enquanto o coronavírus deve se utilizar o tradicional teste do cotonete".

O tratamento para cada doença é diferente, mas sempre com prescrição médica. "Para se curar da dengue, o tratamento é com hidratação, seja via oral ou com aplicação na veia. Já no caso da covid-19, o paciente precisa ir a um centro de saúde, pois a equipe médica conta com remédios específicos que ajudam no combate à doença", indica o especialista.

REMÉDIOS INEFICAZES

Algumas pessoas, ao adoecerem, buscam remédios mais convencionais para um tratamento "caseiro", porém, sem prescrição médica.

No caso da dengue, dependendo do medicamento, o quadro do paciente pode agravar, com chances de morte. Para evitar uma intoxicação, existem alguns remédios que não pode tomar: AAS (Aspirina), ibuprofeno, nimesulida, prednisona, hidrocortisona, além da ivermectina, que também é ineficaz contra a covid-19.

Importante lembrar que a automedicação não é recomendada em qualquer ocasião, se estiver doente, vá ao médico no posto de saúde mais próximo.

COMBATE À DENGUE

Campanhas de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti sempre alertam os cidadãos a tomares os devidos cuidados para evitar a proliferação da doença.

Ações simples podem ajudar no combate à dengue, como não deixar água parada em pneus, pratinhos de vasos de planta, latas e garrafas, limpar a caixa d'água e mantê-la tampada, além de tirar entulho e limpar o pote de água do seu bichinho de estimação.

Atitudes assim impedem o avanço da dengue no seu bairro, mas todos os moradores precisam fazer a sua parte, assim, o combate ao mosquito se torna mais eficiente.

EM RECUPERAÇÃO

O cantor André Bellini, de 37 anos, ficou doente na semana passada, ele desconfiava que poderia ser dengue. "Fui para o hospital na terça (20) à tarde já desconfiado de dengue. No hospital, eles fizeram teste de dengue e de covid-19, mas deu negativo para os dois".

Ele foi medicado e voltou para casa, teve uma leve melhora, sentindo apenas cansaço e enjoo. No sábado (24), acordou com uma surpresa negativa. "Depois do café da manhã, fiquei enjoado e deitei um pouco para ver se melhorava, e então sangrou meu nariz e as manchas na pele ficaram mais evidentes, aí achei melhor voltar pro hospital", relata o cantor.

André realizou outro teste de dengue e, dessa vez, deu positivo. "Não fiquei internado, só tomei soro e fui liberado. Desde sábado estou me hidratando bastante, mas às vezes bate um cansaço inexplicável", completa André.

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