OPINIÃO

'O livro fala e alma responde'

25/02/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Numa época em que tudo gira em torno do mundo virtual, ler, para alguns, tornou-se uma prática quase impossível. Acostumados desde pequenos apenas a comandar seus aparelhos e computadores, afastaram-se do mundo maravilhoso da leitura. E não adianta justificar que se pode efetivar tal hábito pela informática, que nunca será a mesma coisa que o contato com os livros, nem o encanto será idêntico ao extraído das páginas manuseadas.

No dia 27 de fevereiro, terça-feira, comemora-se o Dia Nacional do Livro Didático que surgiu com o intuito de relembrar uma das principais ferramentas utilizadas pelos professores na educação dos alunos, presente no cotidiano de ambos, o livro é fundamental para a formação de um estudante.

Sua trajetória no Brasil iniciou-se em 1929, com a criação do Instituto Nacional do Livro (INL).

Ao longo dos anos, a política oficial passou por diversas adaptações, até chegar ao atual Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), criado em 1998. O programa tem como objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos professores por meio da distribuição de coleções de livros didáticos aos alunos da educação básica.

O livro didático tem suma importância para o processo de aprendizagem no desenvolvimento do ser humano como aluno. Ele é fundamental para a formação das estratégias de ensino, pois norteia o caminho a ser traçado pelo educador.

Sendo um instrumento de apoio e que auxilia a maior parte dos alunos, vamos valorizar o livro didático, é com ele que descobrimos caminhos e aprendemos lições para o resto da vida. Possivelmente, é um dos primeiros contatos dos jovens com a leitura, além de contribuir para ajudar o professor a traçar estratégias de ensino.

A data, além de homenagear e destacar a importância da Literatura Pedagógica e dos escritores, também busca conscientizar as pessoas, principalmente os jovens e crianças, sobre os prazeres da leitura. Com efeito, desde a Antiguidade, a obra literária é a grande companheira do ser humano, tanto que André Maurois brilhantemente indicou: "A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde."

Os livros têm sido de grande relevância para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual do ser humano, permitindo-lhe registrar fatos relevantes da sua história, tornando-se um dos maiores vetores da sabedoria geral. Mesmo com a utilização plena e quase total da internet, muita gente se mantém fiel aos livros, sendo diversos já publicados online, mostrando que a evolução dos meios de comunicação e da própria tecnologia não impediram que as pessoas se afastassem do maravilhoso costume de ler. Eles realmente transmitem ideias, sonhos, fantasias, realidades e tantos outros atributos através das palavras, propiciando-nos entretenimento e educação, desenvolvendo a criatividade, a imaginação e a aquisição de valores.

Vale dizer que os livros estão diretamente ligados ao nosso bem estar. Antonio Costta escreveu: "A leitura de um bom livro é o caminho mais curto para se descobrir que a vida". Por isso, mesmo com a internet e todo o progresso tecnológico, sua importância é extrema e também nos convida a uma séria reflexão: valorizar o livro, seja ele de que natureza for. Mesmo porque ele é a prova de que somos capazes de sonhar, imaginar, inventar e transformar um mundo de fantasias em realidade.

Diz-se que a literatura infantil é o início de um universo repleto de possibilidades. Com certeza, uma criança que recebe o estímulo à leitura certamente adquirirá incontáveis benefícios que o hábito de ler proporciona.

JOÁO CARLOS JOSÉ MARTINELLI é advogado, jornalista, escritor e professor universitário. É ex-presidente das Academias Jundiaienses de Letras e Letras Jurídicas. Autor de diversos livros (martinelliadv@hotmai.com)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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