CLANDESTINO

Após 16 detenções, 'sem dar em nada', dono de bingo em Jundiaí é preso por fraude

Segundo apurou a reportagem, o comerciante chegou a zombar da detenção, antes de saber que, desta vez, seria preso em flagrante, sem direito a fiança

Por Fábio Estevam | 23/02/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Polícia

JORNAL DE JUNDIAÍ / ILUSTRAÇÃO

O dono do bar foi conduzido à DIG, onde foi preso e indiciado
O dono do bar foi conduzido à DIG, onde foi preso e indiciado

O dono de um bar, em Jundiaí, foi preso em flagrante, nesta sexta-feira (23), por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), pelo crime de fraude processual e também por promoção de jogos de azar (contravenção penal). Segundo apurou a reportagem, o comerciante chegou zombar da lei e dos policiais - antes de saber que desta vez seria preso sem direito a fiança -, informando que já havia sido detido outras 16 vezes pelo jogo de azar em seu estabelecimento.

A DIG recebeu informações sobre a continuidade de funcionamento de um bingo clandestino, em um bar, cujo proprietário já havia sido detido em outras oportunidades por promover jogo e azar. No local os investigadores flagraram um jogador - no momento em que ele estava saindo -, e sete máquinas de jogos, sendo que apenas uma estava ligada.

Com a máquina em funcionamento, ficou caracterizado contravenção penal, razão pela qual o comerciante recebeu voz de prisão. Neste momento, ele então ironizou a prisão, afirmando que já havia sido responsabilizado outras 16 vezes por promoção de jogo de azar, e que não haveria problema em mais uma detenção, já que "não daria em nada" - em todas as outras ele foi ouvido e liberado.

Só que desta vez, porém, ele deu azar, porque os policiais conseguiram averiguar a máquina ainda ligada e, através de trabalho pericial, constataram que o funcionamento do jogo - que é online -, estava sendo manipulado a distância, de modo a desligá-lo com a chegada da polícia, incorrendo assim em crime de fraude processual, previsto no parágrafo único do artigo 347 do Código Penal - na prática, ele estava manipulando a situação para fugir de ser responsabilizado criminalmente.

Se fosse detido por apenas uma das duas situações (jogo de azar ou fraude), ele poderia ser solto, mediante pagamento de fiança. Porém, com a prisão por ambas e, com a soma das penas, a prisão em flagrante foi decretada sem direito a fiança. Além disso, a autoridade policial representou pela prisão preventiva dele.

O comerciante foi levado para o Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista, pela primeira vez, onde vai aguardar a audiência de custódia a ser realizada neste sábado.

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