DEDICAÇÃO

Aos 81 anos, carateca jundiaiense realiza sonho de infância e conquista a faixa preta

Paulo Muniz diz estar vivendo o momento mais feliz da sua vida e quer lutar 'até quando Deus permitir'

Por Luana Nascimbene | 18/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min

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Com dedicação e esforço, o carateca conquistou a tão sonhada faixa preta
Com dedicação e esforço, o carateca conquistou a tão sonhada faixa preta

Lutar caratê sempre foi o sonho de criança do jundiaiense Paulo Muniz, de 81 anos. Sonho este que ele conseguiu realizar apenas aos 73 anos, quando já estava aposentado. Com dedicação e esforço, o carateca conquistou a tão sonhada faixa preta e quer continuar lutando 'até quando Deus permitir'.

Em meio ao sonho de se tornar lutador de caratê, Muniz teve uma infância difícil. "Desde menino, eu queria muito treinar, mas tive que deixar a escola para ajudar no sustento dos meus avós, com quem eu morava. Faz oito anos que estou na turma. Estou muito feliz. O esporte me ajuda no equilíbrio, nos sentimentos, nas questões de saúde e me dá a oportunidade de estar com pessoas bacanas. Foi uma emoção quando peguei a minha faixa preta, graças a tudo que aprendi nas turmas", contou Muniz, com sorriso largo no rosto.

O carateca luta o estilo shotokan, com aulas três vezes por semana nos centros esportivos Romão de Souza, na Colônia, e Jd. Ângela, na Vila Aparecida. "Estou na fase mais saudável e feliz da minha vida. Às vezes sinto uma dorzinha aqui e ali, mas nada fora do comum. Eu comecei do zero, mesmo conquistando faixa preta ainda tem muito chão pela frente. Se Deus me der saúde, eu não paro nunca mais", falou o lutador.

Professor e técnico de caratê do Time Jundiaí, Anderson Luis Bogniotti, conhecido como 'Ton', exaltou a dedicação do aluno nas aulas. "Ele é totalmente dedicado, muito difícil de faltar nos treinos e está sempre querendo aprender mais. O Paulo é um exemplo para todos nós", disse o treinador.

Além das aulas no tatame, Muniz também é esforçado na parte teórica. "Tenho uma coleção de livros sobre caratê. Quando não estou lutando, estou lendo e aprendendo mais sobre a modalidade. Não podemos esquecer da teoria também", comentou.

GERAÇÕES

O projeto das aulas de caratê do professor Ton acontece há 19 anos e soma cerca de 350 lutadores em turmas mistas. Um dos diferenciais é reunir diferentes gerações. "Trabalhamos a intergeracionalidade, juntamente com parte técnica da modalidade. O caratê auxilia na qualidade de vida, ao mesmo tempo que ensina disciplina, respeito ao próximo, paciência, entre outros pontos. Reunindo pessoas de diversas idades e graduações, uns ensinam aos outros, tanto os movimentos como valores que levarão para sempre", destacou Bogniotti.

As aulas de caratê são gratuitas e abertas a todas as idades. De quarta e sexta-feira, das 9h30 às 10h30, no centro esportivo Jd. Ângela, na Vila Aparecida. No Romão de Souza, as aulas acontecem de segunda-feira, das 8h às 9h e das 9h às 10h, e de terça e quinta, das 20h às 21h.

Treinado pelo professor Ton, o carateca luta o estilo shotokan, com aulas três vezes por semana
Treinado pelo professor Ton, o carateca luta o estilo shotokan, com aulas três vezes por semana

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