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Alunas vencem mundial de Robótica em Houston, EUA

O evento, que aconteceu de 19 a 22 de abril em Houston, nos Estados Unidos, reuniu mais de 15 mil competidores de 50 países

Por Redação | 07/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min

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A equipe, formada apenas por meninas, foi a grande vencedora do FIRST, na categoria FIRST Lego League
A equipe, formada apenas por meninas, foi a grande vencedora do FIRST, na categoria FIRST Lego League

O time de Robótica SESI CLP, do SESI Campo Limpo Paulista, formado exclusivamente por meninas, subiu ao pódio com o grande prêmio da categoria FIRST Lego League (FLL), o Engineering Excellence (FLL Challenge), que reconhece a equipe que melhor trabalhou o STEM na construção do robô, no projeto de inovação e nos valores durante a competição.

A FLL é a categoria iniciante da FIRST Robotics, na qual os competidores de 6 a 15 anos, desenvolvem robôs com peças de LEGO, em equipes de 2 a 10 integrantes. Além do grande prêmio conquistado pelas alunas, o técnico Alberto Gomes foi destaque na categoria, recebendo o prêmio de melhor técnico (Coach Award) da FLL Challenge. Um reconhecimento mundial pelo trabalho realizado com a equipe ao longo do ano.

O evento, que aconteceu de 19 a 22 de abril em Houston, nos Estados Unidos, reuniu mais de 15 mil competidores de 50 países. O torneio reconhece o trabalho de estudantes de 6 a 19 anos, que, em equipes, devem construir e operar robôs, além de desenvolver projetos de ciência e tecnologia para a comunidade.

CAMPEÃS

Sophia Dutra de Oliveira, 15 anos, conta o que o time fez para vencer. "Ter um time com oito meninas não é fácil, todas nós temos formas diferentes para desenvolver aprendizado em todas as áreas da robótica, mas nós nos acolhemos e aceitamos nossas diferenças, para que todas aprendessem tudo." Ela também completa dizendo que receber o prêmio significou muito. "Participamos do World Festival e recebemos o prêmio de excelência em engenharia. Isso significa que fizemos um trabalho eficaz nas três áreas que são avaliadas e superamos as expectativas com a engenharia do nosso robô."

Sophia também comenta que o tema da temporada foi sobre energia, e por isso as meninas pesquisaram. "Uma das dificuldades que tivemos foi escolher um problema entre tantos relacionados à energia. Porém, pesquisamos e identificamos um problema local, que é a falta de energia nos semáforos durante as chuvas."

Em relação aos prêmios, Sophia revela que todas se sentiram honradas e gratas por verem que durante um ano de esforço e trabalho duro, finalmente obtiveram resultados. "Alcançamos a meta de ir para Houston e, chegando lá, fomos recompensadas com três troféus! Um conselho que dou para outras equipes, seria foco. Foquem no processo e aproveitem ao máximo tudo que a robótica tem a oferecer."

Já Isabelly Raimundo, também integrante da equipe SESI CLP, celebrou o prêmio que era o sonho do time. "Foi algo gigantesco", comentou.

O TÉCNICO

O orientador de Educação Digital, Alberto Gomes, 42 anos, foi o responsável por preparar as meninas da equipe e acabou levando seu próprio prêmio para a casa. Ele conta que participa dessa competição há mais de 10 anos, e os prêmios são muito importantes para o reconhecimento da escola.

"Também é importante para o meu desenvolvimento pessoal. Nessa temporada, construí uma equipe formada apenas por meninas, com a intenção de promover e inspirar a participação feminina na ciência e tecnologia. Valorizei não somente o troféu, mas sim o processo de chegada até Houston. Cada degrau que subimos, procurei transformar as diferenças em forças e não fraquezas, potencializando as habilidades de cada uma e ensinando para as meninas o passo a passo do processo de aprendizado e a valorizar cada vitória individual, mostrando que cada uma tem seu próprio valor, e o lugar delas é onde quiserem!"

COMPETIÇÃO

Das 11 equipes brasileiras, seis competiram na modalidade mais avançada, a FIRST Robotics Competition (FRC); duas na intermediária, a FIRST Tech Challenge (FTC); e três na iniciante, a FIRST LEGO League (FLL), que se divide em Explore e Challenge. Para chegar ao mundial, os estudantes disputaram torneios classificatórios, que, no Brasil, são realizados pelo Serviço Social da Indústria (SESI).

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