Opinião

Um conselho estadual para a indústria

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A recente criação do Conselho Estadual de Promoção da Reindustrialização do Estado de São Paulo é uma excelente notícia para o setor industrial. O fato do decreto que institui o conselho ter sido assinado pelo governador Tarcísio de Freitas na sede da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), na capital paulista, ilustra a importância dada pela administração estadual às nossas entidades, que terão assento neste relevante grupo.

O conselho será consultivo e estratégico e tem como missão orientar as ações políticas e diretrizes governamentais para fazer avançar, em São Paulo, a nova industrialização - termo cunhado pelo governador. É presidido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e composto pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, pela Casa Civil, pela Secretaria de Fazenda e Planejamento, pela Secretaria de Parcerias e Investimentos, pela Secretaria de Negócios Internacionais, além de Fiesp e Ciesp. Será um fórum do mais alto nível de discussão de políticas industriais, definição e implementação de ações para estimular o setor.

Em sua fala logo após a assinatura do decreto, o governador mostrou estar sensível às demandas do segmento e focado em resultados. Ele declarou que o objetivo é caminhar na direção da geração de investimentos, respeitando as vocações de cada região do estado. Uma das diretrizes do seu governo, ressaltou, é olhar para o desenvolvimento regional. Para tanto, será necessário identificar onde estão as vocações e que medidas serão tomadas para fazer florescer a indústria em cada um desses lugares.

"Os governos agem por provocação", disse Tarcísio, lembrando que são os representantes de cada setor que conhecem a fundo seus problemas, suas dores e suas necessidades. "É preciso disposição para o diálogo e nós estamos abertos para ouvir a indústria."

A partir de agora, segundo o governador, São Paulo poderá realizar um trabalho mais agressivo no sentido de tornar o estado mais competitivo. Ele lembrou que a indústria tem perdido força não só no Brasil, trata-se de um movimento que ocorreu em várias nações. E, com a pandemia, a guerra da Rússia contra a Ucrânia e o rompimento das cadeias globais de suprimento, ficou claro que ter importantes elos da produção fabril concentrados do outro lado do mundo resulta em imensa vulnerabilidade.

Para Tarcísio, a oportunidade está diante de nós, pois as cadeias terão de se reorganizar, uma vez que ninguém quer ser mais tão vulnerável. E o que os Estados Unidos e a Europa estão procurando são bons parceiros e confiáveis. Neste sentido, não só o Brasil está bem posicionado na América Latina como São Paulo larga na frente neste cenário, pois oferece as melhores condições para integrar as cadeias globais de produção em infraestrutura, qualificação de mão de obra, entre outros pontos.

95 ANOS DO CIESP

Hoje, 28 de março, o Ciesp completa 95 anos. Quero parabenizar as 42 regionais da entidade e seus 8 mil associados por esta data tão importante. Afinal, poucas empresas e entidades são tão longevas. A força do Ciesp é fruto do trabalho de cada um de vocês. Parabéns a todos!

Vandermir Francesconi Júnior é 2º vice-presidente do Ciesp e 1º diretor secretário da Fiesp (vfjunior@terra.com.br)

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