Aos gritos de "Esse vereador passa pano para assediador" e "Essa moção não vai passar, somos estudantes, a gente quer falar", a sessão ordinária da Câmara Municipal de Franca no início da tarde desta terça-feira, 14, foi adiada por 30 minutos. Os gritos foram proferidos por estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca ao vereador Leandro O Patriota (PL).
Patriota é autor de uma moção de aplausos ao professor Gabriel Cepaluni, da Unesp, que é acusado de assédio pelos estudantes. Cepaluni também está envolvido em um episódio investigado pela universidade, ocorrido em 2 de setembro, no qual teria sido impedido de entrar na sala de aula e agredido por alunos. Os estudantes, por sua vez, alegam que o professor agrediu quatro alunas, que fizeram exames de corpo de delito e registraram boletim de ocorrência. O docente nega as acusações.
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Cerca de 100 alunos participam da sessão desta terça-feira em protesto à moção de solidariedade proposta pelo vereador.
Durante o pedido de fala, Patriota afirmou que nada justifica as agressões que teriam ocorrido contra o professor. Os estudantes protestaram, levantando cartazes e cópias de boletins de ocorrência, além de entoar gritos.
Ao final do discurso, o vereador teve o tempo de fala restituído pelo presidente da Câmara, Daniel Bassi (PSD). No entanto, como as manifestações continuavam, Bassi suspendeu os trabalhos por 30 minutos.
Patriota se levantou, percorreu rapidamente o plenário e dirigiu-se ao meio dos estudantes, onde conversou com alguns, enquanto as manifestações continuavam.
Apesar da movimentação, não houve agressões nem pedido de reforço policial.
Por volta das 15h30, a sessão foi retomada. Apesar dos protestos, a moção foi aprovada por 10 votos a 3.