O colapso da rede pública de saúde foi debatido durante a sessão ordinária desta terça-feira, 13, na Câmara Municipal de Franca.
O encontro da manhã começou com um minuto de silêncio em homenagem a Maria Angélica dos Santos e Pedro Carlos de Morais. O caso de Maria Angélica foi destaque no portal GCN/Sampi. Ela estava internada no Pronto-socorro "Dr. Álvaro Azzuz", aguardando a transferência para um leito hospitalar público. No sábado, 10, ela não resistiu e morreu após ser diagnosticada com acúmulo de líquido nos pulmões, crises de falta de ar e tuberculose.
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O vereador Zezinho Cabeleireiro (PSD) criticou o tempo de espera enfrentado por Maria Angélica no pronto-socorro por uma vaga hospitalar. "Não é por falta de vir aqui falar, como aconteceu com Maria Angélica, que ficou 12 dias no pronto-socorro e veio a falecer. Só eu passei umas quatro vezes pela Santa Casa: a mulher estava com falta de ar, a mulher ia morrer e morreu".
O parlamentar cobrou a responsabilização pelo drama vivido pela mulher. "E agora? Quem vai se responsabilizar pela família? A família vai ter que entrar na Justiça. Alguém tem que ser responsabilizado", completou.
Ainda sobre a falta de leitos na rede pública de saúde, Gilson Pelizaro (PT) relembrou a entrevista de Alexandre Ferreira (MDB) à Rádio Difusora, em 10 de maio de 2024. Na ocasião, o prefeito disse: “Já fiz essa proposta para o Estado. Me dá a chave que eu tomo conta. (Se o governador concordar), eu faço a gestão da Santa Casa".
Pelizaro propôs ao prefeito que procurasse a Justiça. "O prefeito lá atrás disse que queria a chave da Santa Casa: 'dá a chave da Santa Casa, que eu toco'. Faça o seguinte: monte um processo judicial bem feito e peça a chave da Santa Casa na Justiça, para devolver algo que jamais deveria ter saído daqui, que era a gestão do serviço público".
Atualmente, o Siresp (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo), órgão ligado ao Governo do Estado, é responsável pela gestão e liberação dos leitos públicos na região.