Natural de Sertãozinho, a 110 km de Franca, o arcebispo Dom Ilson de Jesus Montanari, de 66 anos, integra o alto escalão administrativo da Igreja Católica e será uma das figuras centrais na organização do conclave — cerimônia que escolherá o próximo pontífice após a morte do Papa Francisco, ocorrida em 21 de abril. Ilson também foi peça fundamental nos preparativos do funeral do então líder religioso.
O conclave que elegerá o novo Papa começa nesta quarta-feira, 7 de maio.
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Dom Ilson ocupa o cargo de vice-camerlengo do Vaticano, função para a qual foi nomeado pelo próprio Francisco em maio de 2020. Ele trabalha ao lado do cardeal irlandês-americano Kevin Farrell, o camerlengo oficial.
O papel do vice-camerlengo é essencial durante o período de sede vacante, que se inicia com a morte do Papa e termina com a eleição de seu sucessor. Entre suas responsabilidades estão a certificação formal do falecimento do Pontífice e a administração dos bens temporais da Santa Sé nesse intervalo.
Dom Ilson nasceu em 18 de julho de 1959 e foi ordenado padre em 1989, na Arquidiocese de Ribeirão Preto. Antes disso, estudou direito, economia e filosofia em Ribeirão e teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.
Segundo a CNN, em outubro de 2013, foi nomeado por Francisco como secretário do Dicastério para os Bispos, órgão que ajuda o Papa na nomeação de novos bispos e na criação de dioceses. No mesmo mês, tornou-se arcebispo titular de Caput Cilla, antiga diocese romana, hoje considerada sede titular. Um mês depois, foi ordenado bispo.
Apesar de exercer atualmente funções de alto comando no Vaticano, Dom Ilson permanece secretário do Dicastério para os Bispos.
Segundo o Vaticano, Dom Ilson participou diretamente do rito de fechamento do caixão do Papa Francisco.