19 de dezembro de 2025
'SAUNA DE AULA'

Alunos cobram promessa de ar-condicionado em escola estadual

Por Bruna Góis | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Google
Escola Estadual Helena Cury de Tacca localizada no Jardim Tropical

A sensação dos alunos de estarem em uma 'sauna' durante as aulas continua na Escola Estadual Helena Cury Tacca, localizada no Jardim Tropical, zona norte de Franca. Exatos 16 dias após a afirmação de que a adaptação da rede elétrica para a instalação dos aparelhos de ar-condicionado seria feita "até a próxima semana" [até o dia 4 de outubro], alunos, pais e responsáveis voltam a reclamar, afirmando que a instalação dos aparelhos de ar-condicionado, ao contrário do que foi dito, não foi efetivamente concluída.

A promessa havia sido feita no dia 27 de setembro pela Diretoria Regional de Ensino e a Secretaria de Educação do Estado (Seduc). Na ocasião, o GCN/Sampi recebeu e publicou a seguinte nota da Educação do Estado: "A Diretoria de Ensino de Franca informa que os aparelhos de ar-condicionado instalados na referida escola aguardam a finalização do processo de adaptação da rede elétrica para que todos funcionem, bem como dos 17 ventiladores existentes nas salas de aula da unidade, apenas dois necessitam de reparo. Tanto a adaptação da rede elétrica, quanto a manutenção dos ventiladores têm previsão de conclusão na próxima semana".

Seduc diz que falta mudar a voltagem

Novamente consultada pela reportagem do portal GCN/Sampi, a Seduc (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) enviou nota com destaque para os seguintes trechos: " (...) A escola já recebeu, tanto os serviços de adequação da rede elétrica, quanto a instalação dos equipamentos de ar-condicionado, faltando apenas o serviço da concessionária de energia elétrica local realizar a mudança da voltagem da unidade para 220. Este serviço está agendado para ocorrer na próxima semana. (...)"

Espera na "sauna"

O sentimento de indignação é inevitável entre os 10 alunos, além dos pais e responsáveis, que expressaram suas reclamações por meio de mensagens, textos e ligações para a reportagem do portal GCN/Sampi. As reclamações persistiram entre os estudantes dos períodos vespertino e noturno, momentos em que o calor e o mormaço nas salas de aula são mais intensos.

Segundo os alunos, os aparelhos de ar-condicionado chegaram no meio do ano, antes das férias de julho, mas desde então a instalação completa da fiação não ocorreu. "Parece uma novela", afirma a confeiteira, mãe de um jovem que estuda no período noturno, no 1° ano. Segundo o seu filho, a direção não informa quando os aparelhos serão instalados, e em sua sala de aula não há ventilador.

"Eles nos cobram para cuidar da escola, cuidar de tudo, mas não cuidam da gente", relata uma jovem do 8° ano do período vespertino. Um grupo de jovens do período noturno afirmou ainda que não tem um "momento de paz" devido às mudanças climáticas. Quando o calor chega, a sala de aula fica insuportável, e quando chove, as goteiras dentro das salas se tornam parte do cenário.

"Agradecemos muito pela chuva ter voltado, mas, é muito sofrido não ter opção de ajuda e de driblar esses problemas. A solução é procurar a mídia e as redes sociais", afirmam os estudantes.

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