Em sessão extraordinária nesta quinta-feira, 16, a Câmara Municipal de Ribeirão Corrente, a 32 km de Franca, realizou julgamento de Carlos Miranda (PL), cassando o seu mandado do vereador com a conclusão dos trabalhos de uma Comissão Processante. Ele fazia oposição ao Poder Executivo.
Carlim, como é conhecido, enfrentou uma CP por denunciar junto ao Ministério Público possível prática de nepotismo na Prefeitura Municipal da cidade. A denúncia envolve o nome de Airton Montanher, ex-prefeito e marido da atual prefeita, Aninha Montanher (MDB), nomeado ao cargo de secretário-administrativo. Montanher alegou sofrer calúnia e fez uma representação contra o parlamentar junto à Polícia Civil e a própria Câmara, que acolheu o pedido de quebra de decoro.
Após uma sessão que durou mais de 8 horas, Carlos Miranda foi cassado por 7 votos a 2. Votaram contra a cassação Sirlene Jardim, presidente da própria CP, e Fued Salomão, suplente de Carlim.
"Recebo o resultado sem espanto. Saio de cabeça erguida como entrei. Fiz um trabalho imparcial, seguindo os princípios da administração pública, exercendo meu papel que é o de fiscalizar, mas para alguns isso não é bem-visto", disse Carlim, acrescentando que vai recorrer da decisão junto à Justiça.
Histórico
Outros dois vereadores de Ribeirão Corrente, que também eram da oposição, foram cassados ano passado: Nelson Moraes e José Mineiro.
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