Doze anos de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Essa foi a sentença que o réu Fábio Júnior de Nascimento, 24, recebeu após ter matado Breno Vaz Martins, 23, no dia 2 de junho do ano passado, no Pacaembu, zona Norte Franca, após um golpe certeiro com faca no peito da vítima. A morte aconteceu durante uma briga de trânsito.
A sentença foi proferida na manhã desta quinta-feira, 14, no Fórum de Franca, pelo juiz José Rodrigues Arimatéa, após o Júri Popular considerar o réu culpado pelo crime.
Fábio está preso há oito meses, desde quando foi detido após as investigações da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, que elucidou o crime e o identificou como autor do homicídio.
No plenário do Fórum, além da família de Breno, acompanhavam o julgamento a família de Fábio, alunos de direito, testemunhas e amigos da vítima.
A defesa de Fábio tentou usar uma tese, apontado que uma testemunha que presenciou a ação da facada contra Breno teria mudado a versão dos seus depoimentos em ocasiões diferentes. Além disso, tentou também pedir a mudança da tipificação do homicídio qualificado para simples, sem o motivo fútil. Ambas as tentativas não convenceram o júri – composto por sete pessoas.
Entre os pontos de destaque do julgamento, o réu Fábio, quando foi interrogado por que carregava uma faca dentro do carro, relatou que o objeto estava ali “para descascar laranja e frutas”.
Fábio ainda teria alegado que agiu em legítima defesa e que pegou a faca, porque Breno teria levado a mão para trás. Mas segundo a versão da testemunha que presenciou o crime, o assassino, após a discussão de quem iria arcar com o prejuízo do carro, deu socos e pontapé na vítima que não apresentou reação e na sequência foi no carro e pegou a faca para golpeá-lo.
Relembre o caso
O crime ocorreu após uma briga de trânsito entre Fabio e Breno, na rua Benedicto Eurico do Nascimento, no Jardim Pacaembu, na região Norte, em Franca.
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Réu primário
Ao final do julgamento, o juiz José Rodrigues Arimatéa disse ao condenado que "o pagamento poderia ter sido mais caro", caso tivesse antecedentes criminais. “O mundo que o senhor deixou quando foi preso não é o mundo que encontrará quando for solto. Coloque isso na sua cabeça. Nós não sentimos felicidade em condenar ninguém, mas assim manda a lei, nós não sentimos orgulho de impor pena a ninguém, mas o senhor errou e o pagamento é este. O pagamento ainda está no mínimo, porque o senhor não tem outros antecedentes. Caso o senhor tivesse, esse pagamento seria mais caro”, afirmou.