06 de outubro de 2024
SUPERLOTAÇÃO

Penitenciária de Franca tem 58% mais presos que a capacidade máxima

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Arquivo/GCN
Fachada da penitenciária de Franca, no bairro City Petrópolis

Dados divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária apontam superlotação na penitenciária de Franca. Projetada para abrigar até 751 detentos, os números revelam que a população carcerária ultrapassa em 58,8% a capacidade máxima, chegando a 1.193 presos na última quinta-feira, 8.

Segundo a pasta ligada ao Governo do Estado de São Paulo, os presos são incluídos por tipificação penal, condenação e grau de periculosidade. O presídio abriga 86 detentos em regime semiaberto, 341 provisórios e 860 condenados. Não foram informados os crimes predominantemente cometidos para a detenção deste público.

Localizada na avenida Sidney Romeu de Andrade, no bairro City Petrópolis, a unidade da zona Norte de Franca, conta com dois pavilhões de trabalho e serviços externos, além de seis salas de ensino regular para comportar a população carcerária. A SAP não informa o número de agentes trabalhando por questão de segurança.

A superlotação no sistema prisional não é exclusividade de Franca. Ainda na região, a capacidade é de 865 detentos na penitenciária de Ribeirão Preto. Limite que foi superado pelas 1.286 pessoas que estão aguardando julgamento ou cumprindo penas no município vizinho.

Aumento da criminalidade
A superlotação vem ao encontro do aumento da criminalidade em Franca. Em matéria publicada pelo Portal GCN/Rede Sampi no dia 26 de janeiro, com dados da Secretaria de Segurança Pública, os casos de latrocínio, roubo de veículo, estupro e homicídio dispararam em 2023 comparado com 2022.

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As estatísticas mostram que 15 pessoas foram assassinadas na cidade em 2022, enquanto em 2023 foram 25. Com 47,5% de aumento, a disparada do estupro também chama a atenção ao pular de 80 casos em 2022 para 118 em 2023 – em média, uma pessoa foi estuprada a cada três dias na cidade.

O latrocínio, roubo seguido de morte, vitimou uma pessoa no último ano, algo que não acontecia desde 2018. Já o roubo de veículos fecha o levantamento saltou de 85 casos para 99.