Polícia Civil faz operação à caça de quadrilha que matou bombeiro em Franca

A Polícia Civil de Franca, em conjunto com a Polícia Militar e Polícia Federal da região de Ribeirão Preto, realiza nesta terça-feira, 14, uma operação que busca prender membros de uma quadrilha especializada em roubos de agrotóxicos que matou o subtenente do Corpo de Bombeiros Ricardo Falqueto, 44, em novembro do ano passado, na zona Rural de Franca.

A operação é comandada pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, que identificou os suspeitos de terem participado da tentativa de roubo na fazenda Lagoa Azul, que fica às margens da rodovia Rio Negro e Solimões.

Os policiais cumprem mandados em Ribeirão Preto, Sertãozinho, Jardinópolis e Batatais. Devido à alta periculosidade dos bandidos, dois helicópteros da Polícia Civil e Militar participam das buscas.

Cinco pessoas foram presas até o momento, além de armas e drogas apreendidas. Todos os suspeitos estão sendo levados para a CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Ribeirão Preto.

O crime
O subtenente do Corpo de Bombeiros Ricardo Falqueto morreu ao ser atingido por disparos de arma de fogo durante uma tentativa de roubo na madrugada do domingo, 27 de novembro, na fazenda Lagoa Azul, próximo ao km 11 da rodovia Rio Negro e Solimões, em Franca.

De acordo com a Polícia Civil, o objetivo da quadrilha armada era chegar a um galpão que guardava grande quantidade de defensivos agrícolas. Cerca de 15 bandidos teriam participado da ação.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o bando invadiu a propriedade por volta de 3h da madrugada com um carro de passeio e um caminhão. Logo na chegada à fazenda, eles renderam cerca de 10 moradores e trabalhadores e os colocaram em um cômodo de uma das casas da propriedade. Durante toda a ação, os criminosos faziam ameaças às vítimas.

Com os moradores rendidos, os criminosos seguiram para o galpão que abrigava os produtos agrícolas.

Para o delegado David Abmael David, que acompanhou o caso, a forma como os bandidos agiram dentro da fazenda mostra que eles conheciam o local.

Por volta das 4h30, o militar e um amigo se aproximaram do local e foram percebidos pelos criminosos. O delegado disse, em entrevista, que a dupla estaria indo pescar e teria parado no local, onde têm conhecidos, e se deparou com a ação em andamento.

Após a identificação do militar pela quadrilha, contou o delegado, um tiroteio teria começado. Falquete foi baleado com pelo menos dois tiros, que lhe atingiram a cabeça e as pernas, morrendo no local.