O principal suspeito de ter matado e roubado a costureira Ana Lucia Tozzini, de 65 anos, procurou um vizinho da vítima logo após cometer o crime em Mogi Mirim. Bruno Luis de Oliveira Pinto, de 40 anos, estava embriado, afirmou que tinha brigado com a mãe e queria ajuda para fugir para São Paulo. Ele foi preso na rodoviária da cidade pela PM (Polícia Militar).
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De acordo com a testemunha, Bruno apareceu em seu portão com uma garrafa de vinho e começou a chorar, dizendo que os familiares não o aceitavam por ser gay e tomou toda a garrafa de vinho de uma vez.
"Bruno estava fora de si, não sabendo o depoente informar se era apenas bebidas, drogas ou remédios", informou o boletim de ocorrência. Em determinado momento, Bruno pediu ajuda com o celular e a testemunha notou que ele tinha fotos de mulheres, as quais depois reconheceu como sendo familiares da costureira.
O suspeito também estava com dois sacos de lixo, sendo um amarelo e outro preto e uma mochila muito cheia. O suspeito estava com R$ 500 em espécie e contou para a testemunha que havia ganho o dinheito da avó para que fosse embora para São Paulo.
"Bruno pediu para o depoente chamar um Uber para que fosse para a rodoviária, o que foi feito pelo depoente. Bruno entrou no carro, mas não foi para a Rodoviária e sim para um bar próximo", relata o texto do boletim de ocorrência.
O CASO E PRISÃO
O corpo da vítima, segundo o boletim de ocorrência, foi encontrado pelos familiares. Ela estava amarrada, com o rosto dilacerado e crucifixo na boca. A casa e o quarto estavam revirados. A exata causa da morte só será definida após o exame da perícia da Polícia Civil.
A PM (Polícia Militar) foi chamada e começou a procurar por imagens de segurança nos vizinhos e avistaram um homem entrando e saindo da residência. Algumas testemunhas reconheceram como sendo Bruno, já que sua mãe mora nas proximidades.
Os policiais realizaram patrulhamento na região da rodoviária e conversaram com funcionários de lá, perguntando se algum passageiro com as características passadas tinha embarcado. O funcionário disse que não havia visto o passageiro com o nome de Bruno.
Retornaram o patrulhamento pelas redondezas, obtiveram o nome completo do suspeito e voltaram na rodoviária, onde o viram. Ao ver os policiais, ele ainda tentou fugir, mas foi preso em local próximo.
Dentro da mochila foram encontrados diversos pertences como brinco, jóias, sabonete, chinelos, bijuterias, produto de cabelo, roupas, travesseiro, lençol, e um terço de orar, todos reconhecidos pelos familiares.
Na delegacia, ele confessou o crime. Disse que estava embriagado, que ingeriu bebida no interior da residência da vítima e que ela pediu para ele ralar queijo nas mini pizza que a vítima estava fazendo. Depois não deu mais detalhes sobre o crime.