SURTO

Hospitais têm aumento de internações por doenças respiratórias

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 1 min
Rovena Rosa/Agência Brasil
Levantamento do SindHosp mostra alta nas internações por SRAG e alerta para baixa adesão à vacina.
Levantamento do SindHosp mostra alta nas internações por SRAG e alerta para baixa adesão à vacina.

Um levantamento realizado pelo SindHosp com 88 hospitais privados do estado de São Paulo apontou um aumento expressivo nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em UTIs e leitos clínicos pediátricos. A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 16 de junho de 2025 e revela um cenário mais grave do que o registrado no mesmo período do ano passado.

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Entre os hospitais consultados, 64% relataram aumento nas internações em UTIs, enquanto no ano passado o índice foi de 49%. Já os leitos clínicos pediátricos apresentaram aumento em 54% das unidades, contra 24% em 2024. No caso dos leitos clínicos para adultos, 56% dos hospitais reportaram crescimento nas internações, ante 38% no levantamento anterior. O tempo médio de permanência tanto para adultos quanto para crianças continua entre 5 e 10 dias.

No pronto atendimento, 74% dos hospitais registraram alta na demanda por casos de SRAG, enquanto no ano passado essa proporção era de 58%. A faixa etária mais atendida continua sendo a de 30 a 50 anos.

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a situação está diretamente ligada à baixa cobertura vacinal contra a gripe, que não ultrapassa 35% de adesão nacional. “Recomendamos cuidado à população para que se proteja em ambientes de aglomeração usando máscaras. O mais importante é que se vacinem contra a Influenza”, afirmou. Ele também alerta que o surto começou mais cedo este ano, o que pode agravar ainda mais a situação no inverno.

Além da SRAG, os hospitais também relataram aumento de internações por pneumonias bacterianas e virais (39%), viroses respiratórias como Covid e Influenza (32%), além de crises de asma e agravamentos de DPOC (7%).

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